A verdade da notícia.

A) “O fecho desta fábrica (Azambuja) não tem nada a ver cm questões de produtividade, mas outras do interesse da empresa, quer economicamente – pois os custos logísticos para a Azambuja são elevadíssimos comparados com Saragoça (culpa de uma unidade de prensas que não temos e de um conjunto enorme de fornecedores de componentes instalados na área de Saragoça, visto serem comuns ao Corsa, e da necessidade de optimizar a produtividade da fábrica de Saragoça, que se encontra abaixo do volume que é capaz de fazer) – quer por interesse da empresa em reduzir o número de instalações fabris na Europa Ocidental e optimizar ao máximo as que ainda existem…”

B) …”Objectivamente, a fábrica de Azambuja é das mais produtivas da GM. As causas da mudança prendem-se com questões de estratégia da própria GM, entre elas inúmeras razões estruturais e conjunturais, mas falta de produtividade não! Isso mesmo é assumido pela própria GME, que reconhece o extraordinário trabalho realizado na Azambuja, e sabe perfeitamente que somos tão bons como os melhores, com uma grande capacidade para nos excedermos. Porém não chega! Não nos basta sermos produtivos e termos ordenados que são metade dos espanhóis. É por isso que as justificações da GM assentam em critérios económicos, mais concretamente logísticos (competitividade), e não em produtividade. Trabalha na GM Portugal um universo de trabalhadores altamente qualificados e produtivos, como o provam as auditorias realizadas pela própria GM, que colocam a Azambuja no topo das fábricas da GM e que a todos nós tem deixado orgulhosos. Se calhar por isso nos custa tanto aceitar a forma como este processo está a ser conduzido.”

Correio dos leitores na Sábado.

É ao ler estes comentários de quem realmente sabe o que se passa que verificamos a falta de qualidade da nossa comunicação social. Em vez efectuarem o trabalho de investigação devido antes de publicarem o artigo, limitam-se a escrever banalidades sem conhecimento de causa, denegrindo os envolvidos e escondendo as verdadeiras razões. Lamentamos.