As obras de Santa Engrácia, versão revista e aumentada.
"Em Espanha, para não entrarmos em comparações de maior exotismo geográfico, entre o lançamento do concurso e a respectiva adjudicação, decorrem normalmente seis meses. Depois, tudo corre segundo o programado sem surpresas desagradáveis. Também acontecem incidentes, imprevistos, acidentes, porque a vida é disso feita, mas o que ressalta é que, quando tal sucede, há sempre um plano B devidamente na calha para fazer face à intempérie. Em Portugal, nada disso. O imprevisto, o desenrascanço – termo que colocou a cultura portuguesa nos píncaros, com direito a uma entrada na famosa “wikipédia”, concorrida enciclopédia da internet – não só imperam, como pretendem o monopólio de toda a actividade. Ou seja, não temos plano B para fazer face ao imprevisto. O imprevisto, a falta de planeamento, o “acudem-nos se puderem”, é o nosso plano A, B, C, etc. Os túneis ferroviários do Metro e da CP sofrem aluimentos e infiltrações, as pontes caem, as obras prolongam-se pelas calendas, os verbos “atrasar” e “derrapar” são conjugados nas mais diversas pessoas e tempos, os preços de adjudicação são uma longínqua miragem face ao que os contribuintes têm de pagar no final e os projectos tarde ou nunca saem do papel e quase sempre mal. Num País em que a engenharia deu e dá cartas no campo técnico, também a nível internacional, é lícito perguntar a quem aproveita este lamentável estado de coisas."
Nuno Miguel Silva, Bruno Faria Lopes e Miguel Pacheco
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2 Comments:
Qual a surpresa???
Se ainda ha gente a propagandear as virtudes de 628 DC....
Camelos nao faltam por ca!!!!
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