Quercus.
"Se passar esta quarta-feira de manhã pela Avenida da Liberdade (junto dos Restauradores), em Lisboa, vai ver 50 cruzes negras, cada uma com dois metros de altura. O «cemitério», uma iniciativa da organização ambiental Quercus, visa alertar os portugueses para as consequências da poluição automóvel na saúde pública.
A avenida Duarte Pacheco, onde está a ser construído o Túnel do Marquês, é uma das entradas em Lisboa com maior tráfego automóvel. «Ao fazer um investimento desta dimensão [a construção do túnel], a autarquia de Lisboa está a dar um sinal em sentido contrário. As pessoas sentem que podem levar o automóvel até ao centro da cidade», afirma o presidente da Quercus, Hélder Spínola (ler aqui).
Estes tipos são o máximo e adoram gozar com o povo. Se tivessem assim tão preocupados com as doenças provocadas com a poluição automóvel não andavam a impedir a construção da IC16/30 (alternativa à IC19 - ler aqui) e o fecho da CRIL (ler aqui).
Para não dizerem que no Carvalhadas só se sabe dizer mal, aqui vai uma proposta: porque não se aposta nos carros híbridos (ler aqui)? Têm baixo consumo de combustível, reduzido nível de ruído do motor e são fáceis de conduzir. A autonomia e os custos de manutenção são os únicos pontos fracos mas com o tempo serão corrigidos. Trata-se de uma boa opção para combater a poluição e o aumento dos combustíveis.
Já agora. A história de o Túnel do Marquês incentivar a entrada de automóveis em Lisboa é uma enorme falácia. E é uma enorme falácia porque não havendo sítios para estacionar e indetermináveis filas de trânsito, quem vai arriscar andar às voltas num pára arranca à procura de estacionamento com o carro se pode ir rapidamente de Metro?
Situação mais complicada é andar no comboio da linha de Sintra e ser alvo dos gangues que não existem. Os tais que têm o condão de fazer desaparecer misteriosamente os bens alheios em arrastões inexistentes e agredir passageiros. Os tais que são filmados em actividades ilícitas inexistentes pelas câmaras de filmar dos comboios. Os tais que chegam a agredir os agentes da autoridade e ascendem à condição de heróis na comunicação social.
posted by Dr. Assur at 13:42
11 Comments:
Pois se tivesse que cumprir horários levar os putos à escola e ir busca-los depois com compras para fazer e assuntos a tratar "depois da hora do expediente", porque "durante" só para alguns no estado em k estão o transportes públicos provávelmente não estava com esta conversa da treta. Começem com as bases. Com a saude social, com melhores condições para termos uma vida, o que para a mior parte do trabalhadores é dificil pois as 24horas do dia para puco mais dão do que trabalhar e mesmo assim andar sempre a correr.
Falar do poleiro é fácil, mas quem anda cá em baixo é que leva com o lixo todo.
É muito bonito dizerem que a poluição provoca as doenças. Eu sei que as provoca, mas pessoas como eu que, por falta de transportes, têm de ir de automóvel para o emprego, como é que fazem?
Quantos dirigentes da Quercus não possuem automóvel? E quantos não o usam no dia a dia?
Gostaria mesmo de saber.
Este meu conterrâneo da Quercus parece que é especialista a contar anedotas.
Veja-se, promover o transporte público:
Túnel do Rossio fechado sine die, comboios frequentados pelos marginais que põe a milhas um passageiro normal, estações de comboio com acessos livres a pessoas com ou sem título de transporte, comboios sem carruagem de primeira classe e deficiente ar condiconado, etc, etc.
Como é que a classe média face à marginalidade instalada tem conforto num transport público?
Conheço algumas pessoas da classe média de Lisboa que não se atrevem a usar o transporte público, no entanto, por exemplo, a Amadora está a 20 minutos da baixa de comboio.
Ninguém vai usar transportes públicos se não se reintroduzir o transporte em 1º classe com o conforto adequado.
Isso. Porque é que não há mais carros híbridos em Portugal? e os que utilizam os carros movidos a electricidade têm algum plano tarifário especial criado para o efeito na EDP? se têm, não divulgam porquê? Porque é que o governo não dá o exemplo, admitindo apenas carros híbridos na suas frotas? seja carros para ministros, como para a polícia etc etc ? assim como apresentou a lei das casas novas terem painéis solares (e muito bem) porque é que não obriga tb a que os novos carros sejam híbridos? ou pelos menos devia dar grandes incentivos fiscais nesse sentido, não só aos compradores mas tb aos comerciantes de viaturas! alguém tem que dar o exemplo! alguém tem que incentivar esse nicho de mercado e torná-lo uma realidade de futuro! Porque é que se gasta tanto em auto-estradas e não se aposta em faixas verdes para bicicletas e afins? Lisboa pode ter altos e baixos, mas há muitas cidades/ regiões que até são bem planas .. fazia bem ao coração e ao bolso .. exercício e poupança! Porque é que não se aposta mais no tele-trabalho, quando afinal é uma aposta viável já testada noutros países com sucesso em algumas áreas?.. e no eLearning? e tantas outras coisas que podiam ser feitas no PC em casa.. desde compras, bancos, etc etc ... afinal, mesmo que fosse só uns 20% da população activa já fazia muita diferença no dia-a-dia .. na nossa qualidade de vida ... menos horas de trânsito a respirar aquela poluição toda .. menos horas no local de trabalho permitindo horários rotativos e como tal até melhor aproveitamento de espaço pela empresa... e menos medicamentos para o stress e outras doenças aparentemente inexplicáveis ... menos gastos em gasolina, menos Km percorridos e como tal obrigatoriamente menos acidentes .. mais tempo para estar com a família e amigos e obrigatoriamente menos custos ...etc etc
Mas o pessoal continua a apostar num PC para jogar, mesmo tendo net.. e hoje quem tem filhos tem obrigatoriamente PC e net .. começa a ser algo mais que imprescindível para eles terem algum aproveitamento escolar, (desde que devidamente direccionado, é claro.. como tudo!)
Acho graça noutras coisas .. o pessoal tem net mas ainda compra o jornal, a revista com a programação semanal, as cruzadas, etc etc .. continuam a gastar papel ... tanto das árvores como dos ??? .. quando na realidade se fizerem a conta a tudo o que está disponível na net e quanto poupam optando por essa via, verão que até a mensalidade de maior velocidade compensa. Compensa até para uma única pessoa .. agora imaginem para 3 ou 4 !!!
Há tanta coisa que se pode fazer para melhorar a qualidade de vida, mas o pessoal só pensa em acumular dinheiro, para uma escapadela ali e acolá e deixar uns tostões para os filhos.. que linda herança! mas esquecem-se que o dinheiro não vai chegar para comprar ar puro .. nem as paisagens que só vão ver em fotos já amareladas ... nem a falta de mar e de sol .. quando tudo for tórrido e irrespirável, desértico e mórbido ... agarrem-se ao dinheiro e depois vejam uma sessão de slides de como era o mundo antes desta chamada "Humanidade"!
Quando se fala deste assunto, há sempre vozes de revolta. A Quercus e os ambientalistas (atenção que eu não sou da Quercus) querem reduzir o tráfego, não querem cortá-lo a 100%. E, para os que precisam de utilizar o carro no dia-a-dia, estas medidas são, realmente, boas. Vejamos, se houver menos trânsito, os que precisam de usar o carro, continuarão a usá-lo, mas de forma mais rápida. Não é verdade?
Agora, quem não precisa do carro, podia mudar para o transporte público. Bem sei que os transportes públicos (alguns) são maus. Especialmente os da linha de Sintra. Tem que se investir nessa área, primeiro. Mas, parece que ninguém percebe que deve começar por aí. Imaginam apenas um comboio que vai da Amadora ao centro de Lisboa, mas não imaginam como é que são as condições. Mesmo o próprio metro é uma desgraça em termos de conforto.
Depois de pensarem nos transportes públicos, cortem nas entradas de carros, de modo a que, os que não precisem do automóvel, se sintam tentados a mudar.
Eu vou para o trabalho de moto, todo o ano. Passo por milhares de carros parados, levo 10 minutos. Os carros ficam ali, paradinhos, a maior parte deles só têm uma pessoa lá dentro.
Infelizmente não posso ir de transportes, senão ia. Desde que não fosse autocarro, que fica preso no trânsito como os outros. Se pudesse ir de bicicleta também ia, mas o IC 19 não dá para bicicletas. Infelizmente, quase não existem pistas para bicicleta em Portugal.
Nos países da Europa rica, as pessoas deslocam-se de moto ou bicicleta, apesar de terem um clima pior que o nosso e terem muito mais dinheiro para carros e combustível do que nós temos.
Aqui, apesar de pobres, somos uns burgueses de m... Cada um no seu carrinho, armado em parvo, a entupir as estradas e desperdiçar combustível.
Enfim, resolvam o vosso problema, eu já resolvi o meu.
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Amigo Assur, eu uso um hibrido, e sou muito feliz, porque gasto menos dinheiro, em combustível, e poluo menos o ambiente. E tenho poucas chatices de reparações. O GPL "estima" mais o motor do carro. Aconselho veículos com mais de 1600 ou 1800 de cilindrada, porque o GPL, torna o veículo mais vagaroso, devido a uma combustão mais lenta do gás. Em Lisboa é um pouco problemático, devido à proibição de estacioanmento, em parques subterrâneos. Fora isso, tudo bom.
Fico menos feliz, é quando vou pagar o sêlo do carro, já que o Estado me obriga a pagar, como se o carro fosse a gasolina, e não a GPL, conforme é. Só por aí, se vê o interesse que o Estado tem, que os cidadãos adiram a este tipo de veículos. É preciso não esquecer, o que o mesmo dito Estado, arrecada em imposto sobre a gasolina. Muito acima das receitas que poderá obter, com o imposto sobre o GPL.
Esta do GPL versus gasolina/gasóleo é uma "grande guerra" (de lobbies), que ainda não está ganha, a favor do consumidor. Mas lá irá ....
No entanto, se a rede de transportes de acesso e circulação em Lisboa fosse boa, não tenho dúvidas, que as pessoas optariam por ela. É assim noutras cidades europeias (ex: Amsterdam)
Em bom rigor, trata-se de mais guerra de lobbies, onde os privados ainda têm muita força, até porque ao longo do tempo, têm mantido ligações ao poder político.
O Instituto Superior Técnico tem feito estudos, na área da engenharia de transportes, com excelentes propostas de resolução, até em termos de baixa de custos, para os utentes, com o bilhete único.
Só que ... vontade política !?
Zero.
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