sábado, setembro 23, 2006

Violência e jogos de vídeo.

"No ano de 2005, a polícia registou 330 crimes de carjacking, ou seja, roubo de automóveis de forma violenta com agressão ou ameaça ao condutor. Os dados foram publicados esta semana pela Polícia Judiciária e dão conta de um aumento de 14 por cento em relação a 2004. Os autores deste tipo de crime são sobretudo jovens, com idades entre os 21 e os 30 anos, que, segundo a PJ, pertencem a uma «sub-cultura juvenil» que é influenciada pela violência urbana transmitida por jogos de vídeo e filmes."
Target: Renegade apareceu em 1980 e nele o jogador veste a pele de um Streetfighter. Este jogo tem a particularidade de poder ser jogado por dois jogadores ao mesmo tempo.

Skool Daze surgiu em 1985. Neste jogo pode-se agredir professores e roubar.

Grand Theft Auto surgiu em 1998. Considerado o mais violento jogo criado para PC, nele o jogador veste a pele de um mafioso com direito a assassinar, atropelar, roubar bancos, etc.

Se tivermos em conta que:

1/ O carjacking apareceu em por volta de 2002, muito tempo depois do aparecimento dos referidos jogos de computador;

2/ Que esse fenómeno regista-se principalmente na grande Lisboa (Olivais e Benfica, Telheiras, Lumiar, linhas de Sintra e de Cascais e no concelho de Loures) e grande Porto;

3/ Que os seus agentes vivem nos bairros problemáticos das grandes cidades;

Chega-se à conclusão que a coisa não é tão simples. Ou seja, considerando o hiato entre o aparecimento dos jogos e a actividade criminosa e a identidade dos agentes do crime, facilmente se conclui que a culpa não é dos jogos (que só parecessem influenciar certa meia-dúzia) mas sim da cultura suburbana dos habituais bairros escudados pelo politicamente correctos. Cultura essa que legitima a queima de automóveis em França entre outras.

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