Falta de memória.
"O ministro da Saúde admitiu ontem que as novas taxas moderadoras cobradas aos doentes internados podem ser diferentes consoante o seu rendimento. O princípio seguido pelo ministério é de que seria injusto para os doentes com rendimentos um pouco acima do salário mínimo - e que, por isso, já não estão isentos - pagarem tanto quanto os outros. Na prática, se este princípio for seguido, o ministério terá de criar uma nova categoria, que beneficiará de preços mais reduzidos na saúde. Contudo, o princípio das taxas diferenciadas por rendimento está longe de ser pacífico e já foi contestado pelo próprio Correia de Campos, quando o ex-primeiro-ministro Santana Lopes o admitiu. Na altura, o actual titular da pasta da Saúde dizia que "um utilizador de um hospital não é o mesmo que utiliza uma auto-estrada" e que "não se pode aplicar na saúde o princípio do utilizador-pagador, porque, neste caso, o pagador está diminuído". Correia de Campos era peremptório em defender que esta cobrança "é o financiamento do sistema" e não um princípio moderador (mais aqui)."
A falta de memória não fica bem ao Ministro da Saúde. É como um careca garantir o funcionamento duma loção capilar. Quanto à notícia em si, parece haver uma vontade exacerbada de por em prática a teoria “os ricos que paguem a crise”. Só que a prática demonstra o contrário.
1 Comments:
Correia de Campos é case study de psiquiatria e de doença degenerativa do sistema nervoso central e já agora do sistema em geral.
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