quinta-feira, novembro 30, 2006

Cortes de custos, crescimento económico e juros seguram lucros.

"Todas as empresas do PSI-20 já apresentaram os seus resultados relativos aos primeiros nove meses do ano. E os números permitem retirar algumas conclusões interessantes. A primeira é que, apesar do crescimento dos lucros acumulados das empresas ter sido de 26,7%, as vendas apenas registaram uma subida de 6,3%.O que revela que as companhias portuguesas continuam a beneficiar das políticas agressivas de cortes de custos dos últimos anos e que se reflectem não só numa maior racionalização de processos mas também numa taxa de desemprego que atinge os 7,7%. Outra conclusão é que o esforço de internacionalização das maiores empresas nacionais dá frutos num contexto de crescimento económico em regiões como a Europa de Leste, África e América Latina. Mas não só. Dentro de portas, a recuperação da economia portuguesa, se bem que tímida, também tem ajudado. O PIB nacional cresceu 0,8%no ano passado, mas no primeiro semestre subiu 1%, devendo fechar o ano com uma evolução positiva de 1,4%. Outro dado curioso: os bancos presentes no PSI20 – BCP, BES e BPI representam 34% do índice e, em termos de lucros o peso é praticamente o mesmo. A banca é, inclusivamente, o principal motor de crescimento dos lucros globais das empresas nacionais. Um fenómeno que se fica a dever à subida dos juros que permite captar margens financeiras mais gordas."

Ricardo Domingos, Nuno Miguel Silva e Ricardo Salvo

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