terça-feira, novembro 14, 2006

A outra Europa

"Todos eles (países europeus com grandes comunidades de imigrantes), lá no fundo, acreditaram que a imigração seria um fenómeno passageiro e que os milhões de homens que, a partir dos anos 60, demandaram a Europa regressariam às origens assim que amealhassem algum dinheiro. Nunca lhes passou pela cabeça que a seguir viessem as mulheres, os sobrinhos, os professores e os chefes religiosos. E, por mais que a realidade, ao longo das últimas décadas, se tenha encarregado de mostrar quanto era falsa uma tal perspectiva, ela permaneceu mais ou menos arreigada até aos dias de hoje, levando a sucessivos equívocos no que respeita ao tratamento da imigração em sede política.Alguns fenómenos recentes, como as células terroristas, ou os tumultos que têm sacudido as noites nos bairros periféricos das principais cidades francesas, parecem, finalmente, começar a acordar as elites. A cada novo incidente, a forma habitual de os partidos políticos resolverem o assunto com os dirigentes das comunidades imigrantes, garantindo-lhes autonomia em matéria de religião e de costumes a troco de votos em tempo de eleições, revela-se mais obsoleta. Os imigrantes e a sua descendência tornaram-se, entretanto, uma componente irreversível da população europeia. Mas a Europa ainda está na ilusão de que se trata de um anexo, construído para uma emergência (mais aqui). "

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

O resultado total do "politicamente correcto"e do "complexo colonial" ainda não atingiu o cume. A metastase continua....

terça-feira, novembro 14, 2006  

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