segunda-feira, dezembro 04, 2006

Profissionais de Saúde pedem apoio à despenalização do aborto.

"Pergunta não deveriam os médicos, enfermeiros e outros profissionais de Saúde ficar à espera dos resultados do referendo sobre a despenalização da interrupção voluntária da gravidez e aguardar o que com eles fizesse o poder político? Resposta: "Não. Os profissionais de Saúde também são cidadãos. Também devem ter um papel na clarificação do debate e também têm uma palavra a dizer. Não se podem demitir". A resposta é de Ana Barbosa, psicóloga, activista do movimento Médicos Pela Escolha, em formação. As papeletas de recolha das cinco mil assinaturas necessárias para a constituição do movimento e para garantir o seu acesso aos tempos de antena já estão arrumadas, ainda a tarde vai a meio na buliçosa Rua de Santa Catarina (mais aqui)."
O "sim" não vai ganhar por mérito mas por exaustão. Se o próximo referendo der “não”, a esquerda para o ano já está a querer fazer outro. E assim sucessivamente até ganhar o “não”. E esse respeito democrático pesa no pensamento dos cidadãos defensores do “não”.

1 Comments:

Blogger João Titta Maurício said...

Meu Caro ASSUR,
Esses considerandos não me pesam absolutamente nada. Ainda que tenha dúvidas sobre a "referendabilidade" do tema, se o NÃO (como desejo e espero) voltar a vencer já espero a sanha do costume e procurarei entendê-los... mas, como até aqui, continuarei a lutar para que, entre repetições de referendos, se cumpra o "período de nojo" de uma geração (o que não foi o caso) que entendo ser política e eticamente sério se respeite. O mesmo aconteceria se, hipoteticamente (e é, reconheça-se, um resultado que, não o crendo provável, é possível), o "sim" ganhasse. Com a diferença que os defensores do NÃO continuariam a fazer o que fazem: a ajudar aqueles e aquelas que precisam de apoio para que nasça a vida de que são origem e protectores. E todos aguardariam o momento, o modo e os termos oportunos para suscitarem de novo o tema.
Mesmo quando tive outras funções, sempre defendi que, uma vez que o compromisso entre os partidos maiores da nossa Democracia havia sido duas legislaturas (leia-se 8 anos - o que foi cumprido.. até por Jorge Sampaio, imagine-se... alguma tinha de ser a primeira), até deveríamos ter sido nós (ou também nós) a agendar o pedido de referendo.

É evidente que se há quem julga que não vai votar NÃO (ou até votar sim)... só para descansar os ouvidos das berrarias do "Prof. Anacleto" ou da "tia Odete" (e respectivas claques)... desengane-se: depois das 10 semanas, há que começar a mobilização para a alteração da lei para as 24. Talvez, para desenjoarem um pouco, prefiram o questão da despenalização do consumo e venda das drogas leves ou, (quiçá, já que estão na onda de legalmente limitar o tempo de protecção da Vida) porque apostar no tema da eutanásia activa.

terça-feira, dezembro 05, 2006  

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