O país que temos.
Amanhã finalmente acaba a “injecção” do aborto. Dos dois lados faltaram argumentos convincentes e sobrou radicalismo barato. De tudo espremido sobra uma única dúvida que caracteriza o aborto: permitir o assassinato de um ser humano desprotegido ou manter a “roleta russa” do aborto clandestino. Afirmar que se pode matar um ser humano porque não tem sistema central nervoso é bárbaro. Pensar que a liberalização do aborto vai acabar com o aborto clandestino é uma enorme erro. Nestas condições é difícil encarar o referendo em consciência. Uma coisa é certa. Para combater a falta de natalidade não tem o governo qualquer vontade. Nem para combater os problemas que verdadeiramente afectam os portugueses e isso define o país que temos.
3 Comments:
Amanhã talvez acabe esta «guerra civil», mas independentemente do resultado alguém se vai importar com o que vem a seguir? Alguém vai encarar o aborto como o último recurso, quer ele seja penalizado ou não, e fazer algo para que a mulher não tenha que recorrer a ele por falta de outra opção? Não Nem direita nem esquerda fizeram nada antres e não farão depois apenas permitir que um novo negócio surja, mais limpo, talvez do que até aqui, mas de educação sexual, prevenção, maternidade consciente, planeamento, e política de maternidade e de família algo será feito?
Concordo que depois do 11FEV acabe o negócio escandaloso das parteiras clandestinas e a penalização para muitas mulheres.
FG
Quando se assiste às intervenções dos representantes dos partidos-PS BE e PCP- que elegeram a IVG como uma questão partidária pasma-se e fica-se ainda com esperança que o NÃO, ou seja, aqueles que votarão como eu a favor da vida ainda será maioritário, porque os cidadãos filiados em partidos ainda são, felizmente, minoritários. E digo felizmente porque os "boys" aumentariam e sempre que houvesse mudança de governo os contribuintes teriam que pagar maiores indemnizações para a substituição dos "jogadores" que maioritariamente nem sabem jogar, e que vão empolar a FP e a massa salarial e o "monstro", especialmente pela enormidade da cabeça, continua a "devorar" o progresso do país.
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