sábado, fevereiro 10, 2007

Reforma do Estado? Que reforma? Que Estado? Existe?

Já fui avisado pelo Avô Toupeira para não fazer comentário acerca das coisas dos humanos. Mas, como jovem e como há coisas que me fazem confusão tornei-me contumaz.

A conversa vem a propósito da política de marketing do indivíduo eleito pela maioria das ovelhas deste povo estranho que habita este rectângulo ocidental da península da Ibéria, com nome de filósofo e que quando se irrita fica com a mão partida e eleva a voz em tons de menino de coro ou de cantora de ópera de voz fininha. Irrita-se muitas vezes, decerto faltaram-lhe algumas palmadas quando pequeno e chá, muito chá. Só pode ser da educação que teve e que defende, afinal não tem culpa do berço em que nasceu, mas podia melhorar.

O chefe dos indivíduos que estão sentados numa coisa a que os humanos chamam de hemiciclo, onde por vezes se ressona, se lê jornais, se tiram macacos, mensurável pela quantidade de moncos depositados na parte inferior dos assentos. Deve ser reserva estratégica de alguma coisa que como toupeira não percebo.
Este chefe, com nome de navegador, mas pesado e balofo demais para o ser, avisou que se produziam grandes quantidade de decretos lei que afinal não eram regulamentados, o que quer dizer que não existem, são semântica, não sei se com as leis se passa o mesmo.

Portanto este estado com letras minúsculas não existe. Navega à vista. Serve interesses estranhos à nação. Serve a plutocracia que é o seu patrão.

O marketing, o tratamento da imagem acabou, já não serve porque o verniz estalou, não devido à qualidade do mesmo, mas porque quem o usa tem pele de má qualidade.

Os desmandos de um indivíduo que deve estar de saída, que trata da saúde do rebanho e que depois de almoço parte cadeiras, fala alto, fica vermelho como um tomate e deveria ser avisado para perigo de apoplexia, continua a sua saga. Equipa maravilha, formados em escolas de alto gabarito e de acessos condicionados por cartão, juntaram-se tanto que perderam a noção da realidade e sobretudo o norte. Para além de encerrarem serviços, de diminuírem de facto as comparticipações das pastilhas, de defenderem medicamentos que afinal têm, na sua grande maioria preços de originais, basta verificar no estabelecimento próximo da sua casa, decidiram que a grande pandemia das aves podia estar à porta, vinha aí.

Afinal já percebi o que se passava. Os humanos passaram a ser reconhecidos finalmente pela oligarquia reinante o que realmente são: patos, mudos de preferência, haverá perus, peruas, gansos que fazem muito barulho e apenas isso, galinhas, pardais de telhado e ultimamente muitas aves de arribação, os sérios de cá emigram, mas importam-se em compensação muitos com curso de bandido e sem choque tecnológico.

Dá que pensar.

“Máximas e reflexões” de Goethe:
“Legisladores ou revolucionários, que prometem simultaneamente a igualdade e a liberdade, são sonhadores e charlatães.”
“Toda a revolução tende por natureza para a ausência da lei e de vergonha”
“Que espécie de época é aquela em que o homem pode invejar os que estão na sepultura?”

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