CONCORRÊNCIA EM ÁGUAS REVOLTAS
"Março de 2005. Fresco da vitória nas legislativas, José Sócrates abriu uma guerra com meia dúzia de linhas perdidas num programa de 162 páginas. “A abertura à concorrência do sector energético é essencial para gerar maior capacidade competitiva nos operadores de energia”. Para tal, e para “melhor servir os interesses dos consumidores”, acrescentava o programa do Executivo, a Galp e EDP deveriam passar a concorrer nos mercados do gás e electricidade. Eram os desígnios do modelo Sócrates, abria-se a disputa no sector energético. A eléctrica punha dois pés no gás natural, a petrolífera alimentava a passos largos o desejo de vender luz aos portugueses. Os anos trouxeram obstáculos a esta estratégia. O chumbo à central da Galp em Sines fragilizou o papel da petrolífera na electricidade, minimizando as hipóteses de um concorrência a sério. Agora, o Executivo parece destinado a entregar a exploração do Alqueva à EDP - que já detinha direitos -, num modelo que também inclui a Galp. São os desígnios de um plano que até meteu uma suposta OPA pelo meio. Um plano que, por enquanto, ainda não dá garantias."
Ricardo Domingos com Luís Reis Ribeiro e Miguel Pacheco
Ricardo Domingos com Luís Reis Ribeiro e Miguel Pacheco
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