O novo iluminismo e o novo deus
Os 400 delegados do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), reunidos desde segunda-feira em Banguecoque, aprovaram hoje um relatório que propõe medidas para limitar o aumento das temperaturas a uma subida de dois graus. Para alcançar este objectivo, a taxa de crescimento anual seria reduzido em 0,12 por cento a partir de 2030.
O relatório — um resumo de intenções dos decisores políticos que os peritos do IPCC aprovaram — "identifica, claramente, as medidas para lutar contra as alterações climáticas a um custo relativamente moderado", considerou Rajendra Pachauri, presidente do IPCC.
O relatório — um resumo de intenções dos decisores políticos que os peritos do IPCC aprovaram — "identifica, claramente, as medidas para lutar contra as alterações climáticas a um custo relativamente moderado", considerou Rajendra Pachauri, presidente do IPCC.
Os especialistas foram unânimes em declarar que, mais do que possível, é urgente agir contra o sobre-aquecimento global, que poderá chegar aos 6,4 graus em 2100, em relação ao período 1980-1999. No entanto, os peritos continuam a divergir quanto aos meios mais indicados para alcançar esse objectivo.Negociado até ao mais pequeno detalhe esta semana, o relatório do IPCC considera que os próximos 20 a 30 anos serão cruciais para garantir que as temperaturas médias do planeta não subam mais do que entre 2 e 2,4 graus. Se esse objectivo for alcançado, o IPCC estima que as emissões mundiais de gases com efeito de estufa (GEE) deverão começar a decrescer a partir de 2015, de acordo com o cenário mais optimista. Para estabilizar a concentração de gases com efeito de estufa na atmosfera a níveis situados entre as 445 e as 490 partes por milhão (ppm) e para conter o aumento das temperaturas, é preciso que estas emissões atinjam um pico até 2015 e que desçam em seguida 50 por cento (379 ppm) até 2050, segundo o documento.
"Se continuarmos a fazer o que estamos a fazer agora, vamos ter graves problemas", advertiu Ogunlade Davidson, co-presidente de um grupo de trabalho do IPCC, na apresentação de uma síntese dos debates que tiveram lugar esta semana em Banguecoque.Bert Metz, co-presidente do grupo de trabalho III do IPCC, acredita no "grande potencial" para reduzir as emissões. "E esse potencial é tal que vai permitir compensar o crescimento das emissões com as tecnologias actuais". Metz acredita ainda que "todos os sectores poderão contribuir para a redução das emissões em todos os países do mundo".
A questão dos custos deste combate dominou os cinco dias de debates do IPCC, suscitando mesmo fricções entre os representantes dos países presentes, incluindo a China.O resumo aprovado hoje salienta que "os custos de redução são claramente suportáveis", disse Marc Gillet, líder da delegação francesa.
IPCC apela à alteração do modo de vida de todos
O relatório sublinha também o contributo que cada indivíduo pode dar, como ir de comboio para o emprego, regular a temperatura da casa ou comer menos carne. "As alterações no modo de vida e dos comportamentos podem contribuir para a redução das emissões em todos os sectores", declara o relatório do IPCC.
Mas alterar o modo de vida não significa que as populações dos países ricos ou pobres tenham de fazer sacrifícios. "Isto não é uma questão de sacrifício. É uma questão de mudança. Podemos fazer um desenvolvimento de forma muito mais sustentável", disse Ogunlade Davidson.
Rajendra Pachauri felicitou o antigo primeiro-ministro japonês Junichiro Koizumi que encorajou os seus funcionários a renunciar à gravata no Verão para poder reduzir um pouco a climatização.
Uma outra opção a tomar em consideração é tornar-se vegetariano, acrescentou Pachauri, de nacionalidade indiana, salientando que se trata de um conselho pessoal e não de uma posição oficial do IPCC. "Se as pessoas comerem menos carne, elas poderão ter uma saúde melhor. E, ao mesmo tempo, estão a contribuir para a redução das emissões geradas pela criação de gado". Para produzir carne, transportá-la, refrigerá-la, encaminhá-la para os centros de distribuição, tudo isso contribui para a emissão de gases com efeito de estufa, lembrou.
Como Toupeira, simples observadora dos hábitos dos humanos deste e de outros sítios foco completamente siderado com as conclusões.
Não usar gravata, para poupar no ar condicionado?
Mas depois quantos banhos e quanta água será gasta ao pobre e depauperado planeta, pelos que usam gravata e deixam de usar, desligando o ar condicionado? Deveriam ter acrescentado às medidas:
Banhos, reduzidos a lavagens das partes mais mal cheirosas dos corpos e uma vez por mês ou por semana conforme o mapa de evolução mensal, anual ou mesmo horária do ozono e dessa coisas de que os humanos falam a toda a hora.
Para não suarem muito, quando pensam nas suas existências miseráveis:
Recomenda-se que em vez de olharem para o céu e fazerem meditação e técnicas de relaxamento, vão ao jardim zoológico e observem os animais e depois percebam, como funciona o comportamento humano.
Por mim é assim que faço, observo os humanos para perceber as toupeiras, coisa que o meu Avô Toupeira já me aconselhou a não fazer, mas pouco convencido e resmungando, disse qualquer coisa como; - afinal, somos todos bichos(…).
Tornar-se vegetariano?
Sabem de onde veio esta? Eu digo, com um pequeno pré comentário:
Estes tipos para além de loucos querem tornar os humanos uns ursos, sem desprezo para o animal, mas é um hábito humano chamar de urso ao fulano que cai no conto do vigário vezes de mais, ou seja um crédulo, por natureza, por convicção e fé.
A propósito de ser vegetariano, cito um texto tirado de “Sobre a liberdade” de John Stuart Mill:
“O caso dos Parses de Bombaim é um caso curioso. Quando esta trabalhadora e empreendedora tribo, constituída pelos descendentes dos adoradores de fogo persas chegou à Índia ocidental, obrigada pelos califas a fugir do seu país natal, eles foram recebidos com tolerância pelos soberanos hindus, sob condição de não comrem carne de vaca. Quando posteriormente, aquelas regiões caíram sob domínio dos conquistadores maometanos, os Parses obtiveram destes a continuação da indulgência, sob condição de se coibirem de comer carne de porco. O que era , a princípio, obediência à autoridade tornou-se uma segunda natureza e, até aos nossos dias, os Parses não comem nem carne de vaca nem de porco. Embora a sua religião não exigisse esta dupla abstinência, esta transformou-se, com o tempo, num costume da sua tribo; e o costume, no Oriente, é uma religião.”
Portanto, os humanos, para obedecer à nova religião mundial, o secularismo evangélico, baseado na crença de que a ciência humana, o novíssimo deus, coloca o homem no centro de tudo e que a natureza e as suas leis, serão geridas e reinventadas através das homilias e do exercício da sua liturgia, a natureza não tem leis, nós é que as fazemos, e ponto final parágrafo...
Uma coisa é certa, acabam a comer ração em granulado, tudo em nome da salvação do planeta e do novo iluminismo, ou humanismo como quiserem chamar.
Percebi então que a grande Índia, quando se tornou independente, usou de pouco laicismo e muito hinduísmo, mas isso foi há tanto tempo e é tema tão sensível e complexo, como tudo o que diz respeito a estados laicos e não laicos, sendo melhor ficar por aqui, porque o tema não é este, se é que há tema.
Fiquem bem com Deus, eu fico com o meu.
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