segunda-feira, julho 02, 2007

Da justiça e Comunicação Social.

"O cidadão português tem uma particularidade engraçada... não acredita em nada nem em ninguém, excepto no que ouve na comunicação social. É uma singularidade. A comunicação social está de parabéns... Não se acredita em políticos nem nas instituições... mas lê-se uma coisa no jornal, e acredita-se...

As pessoas que apreendem o fenómeno judiciário através da comunicação social acham-no um pouco ridículo, um pouco patético, onde tudo é violado, onde tudo é subvertido... Porque a informação é falhante, é manipulada, é insuficiente, é errada. Às vezes dolosamente, outras por mera culpa."

Um dos problemas de fundo da relação da justiça com os media e com o povo é que a nossa justiça é conhecida por pequenos episódios, e não de um modo mais global. Já fiz várias vezes uma proposta a órgãos de comunicação social para que fizessem uma reportagem que envolvesse um processo relativamente rápido, um de velocidade média e um de velocidade lenta. E que fossem descobrir porque é que isso acontece. E, assim, ficariam com uma amostragem sobre os métodos de trabalho, falta de instalações, onde o processo esteve, e encontraria razões que ajudariam a perceber porque é que a nossa justiça funciona a este ritmo e com estas limitações
(mais aqui)."

Rogério Alves

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