domingo, julho 01, 2007

LINHAS TORTAS

"Blair, convém lembrar, foi o homem do vácuo mental do New Labour, da "reforma" da esquerda, do sorriso e do estilo "diferente", dos "grupos de reflexão", da rendição ao marketing, da governação por sondagens, da "princesa do povo" e da vénia demagógica a todas as causas célebres, "correctas" e irracionais, dos justificados apoios das vedetas do espectáculo, do ressentimento social, da "paixão" pela exacta educação que contribuiu para implodir, do frenesim da vigilância pública e privada, das câmaras de vídeo nas ruas, da introdução da identificação civil e de um longo etc.

Semelhantes predicados asseguraram-lhe a desmesurada popularidade no primeiro mandato e elevaram-no a sucedâneo de Clinton e a inspirador de figuras menores à escala europeia. Na hora da saída, porém, ninguém o recorda assim. Apesar dos aplausos parlamentares, Blair, como se diz por aí, ficará na História pela reacção à ameaça terrorista e pela dubiamente legitimada invasão do Iraque. Os únicos pontos em que, ao invés do que se diz por aí, o sr. "Tony", mesmo falhando, acertou
."

Alberto Gonçalves

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