RESPEITINHO (CONT.)

"Com pequenas alterações nas personagens e no enredo, a lengalenga é conhecida. Há dez meses, um médico do centro de saúde de Vieira do Minho afixou um papel na parede. O papel continha uma entrevista do senhor ministro da Saúde e uma graçola (factual) acrescentada a caneta. O senhor ministro da Saúde achou o conjunto "jocoso" e demitiu a directora do centro. Segundo parece, não adiantou que a directora não estivesse de serviço no momento da afixação. Nem que se apressasse a remover o papel e a repreender o médico em causa. Nem que o médico assumisse a responsabilidade pelo hediondo crime. Um membro do PS local já o fotografara e enviara as provas à ARS/Norte, que diligentemente informou o senhor ministro. A directora, casada com um autarca do PSD, foi entretanto substituída (por um autarca do PS). Os moços da ARS e o senhor ministro, não.

Dada a sua crescente vulgaridade, é escusado comentar ocorrências do género: basta inventariá-las. Talvez o tombo do sr. eng. na sondagem da Marktest (16%) signifique que inúmeros cidadãos já iniciaram o inventário. Talvez. Belisquem-me se eu sonhar"

Alberto Gonçalves