Volto já
"A medida do erro. Paulo Portas começou mal. Desde logo porque o fez da pior forma: sem projecto. Ou antes, com a vontade de assassinar o projecto de Ribeiro e Castro. Convenhamos que, para quem se argumenta como arauto da ética e da responsabilidade política, a reentrada na liderança do PP foi feita pela medida baixa. O congresso de consagração do “novo” líder e supostamente do seu programa apenas teve existência naquele directo de divulgação do candidato às intercalares de Lisboa, momento que, diga-se, de tão useiro na forma de actuar de Paulo Portas, não apelou às consciências dos eleitores, não agarrou o interesse da generalidade das pessoas nem tão pouco surpreendeu o público mais atento. Bem pelo contrário: vimos a repetição de um modelo e de um protagonista já de todos bem conhecidos e por isso sem interesse por aí além. Eis um dos principais problemas de Portas: a sua marca registada, de tão populista quanto divulgada, tornou-se hoje um modelo estafado, gasto, previsível e chato.
Sem inovação, sem chama, insistindo em formulas miméticas de anos anteriores e procurando um mote que lhe escapa, Paulo Portas vai dando públicas e notórias provas de que o seu regresso foi um equívoco no tempo e uma inconsistência no modo. A falta de entusiasmo com que assume a acção política seja no parlamento, seja na rua é prova de que o próprio foi o primeiro a perceber o erro que cometeu. As eleições na Madeira foram desastrosas, embora com uma cláusula de salvaguarda face ao pouco tempo que a direcção portista teve para as preparar. Mas já quanto a Lisboa outras contas se farão. O que torto nasce...
A medida baixa. Fatal como o destino. Sabia-se que ia ser assim. Era apenas uma questão de tempo. Mais tarde ou mais cedo a falta de debate municipal sobre Lisboa teria que dar lugar às miudezas que sempre aparecem nestas circunstâncias e que os directórios partidários em disputa fazem questão de lançar sobre a mesa num tudo por tudo final à cata do voto. Questão é se o eleitorado de tão farto com esta maneira de actuar não começa a penalizar quem dela não consegue deixar de fazer uso – ou optando por engordar a abstenção ou valorizando os independentes. A maneira como é abordada a eventual existência de interesses de um membro de uma lista candidata e o convite a um mandatário para desempenho futuro de uma determinada função é muito poucochinha. E tem como resultado menorizar ainda mais quem lança este tipo de epidemias eleitoralistas. "
Rita Marques Guedes
Sem inovação, sem chama, insistindo em formulas miméticas de anos anteriores e procurando um mote que lhe escapa, Paulo Portas vai dando públicas e notórias provas de que o seu regresso foi um equívoco no tempo e uma inconsistência no modo. A falta de entusiasmo com que assume a acção política seja no parlamento, seja na rua é prova de que o próprio foi o primeiro a perceber o erro que cometeu. As eleições na Madeira foram desastrosas, embora com uma cláusula de salvaguarda face ao pouco tempo que a direcção portista teve para as preparar. Mas já quanto a Lisboa outras contas se farão. O que torto nasce...
A medida baixa. Fatal como o destino. Sabia-se que ia ser assim. Era apenas uma questão de tempo. Mais tarde ou mais cedo a falta de debate municipal sobre Lisboa teria que dar lugar às miudezas que sempre aparecem nestas circunstâncias e que os directórios partidários em disputa fazem questão de lançar sobre a mesa num tudo por tudo final à cata do voto. Questão é se o eleitorado de tão farto com esta maneira de actuar não começa a penalizar quem dela não consegue deixar de fazer uso – ou optando por engordar a abstenção ou valorizando os independentes. A maneira como é abordada a eventual existência de interesses de um membro de uma lista candidata e o convite a um mandatário para desempenho futuro de uma determinada função é muito poucochinha. E tem como resultado menorizar ainda mais quem lança este tipo de epidemias eleitoralistas. "
Rita Marques Guedes
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