A nossa democracia
"Segundo o advogado José Maria Martins, citado no Correio da Manhã, no processo da Casa Pia, constam transcrições de escutas que indicam ter existido um grau elevado de pressões de certos políticos no activo, para que a investigação não decorresse como os magistrados e a polícia entenderiam que deveria decorrer. Em suma, certos políticos, tentaram interferir nas investigações em curso, fazendo-o logo que perceberam que um ou mais dos seus correligionários estaaria envolvido nas investigações, com suspeitas da prática de crimes.
Esses políticos estão identificados como Ferro Rodrigues, António Costa e agora, José Sócrates. Todos do PS que agora tem a maioria absoluta na AR e manda no governo da nação, em termos executivos .
Sobre a participação de António Costa e Ferro Rodrigues, no caso concreto, já se sabe o que sucedeu, porque o Ministério Público referiu expressamente as conversas privadas, gravadas pela polícia, com autorização de juiz de instrução. A mais vergonhosa frase dessas transcrições expostas na motivação de recurso do MP, para sustentar a actualidade e adequação da prisão preventiva de um dos arguidos, era a que se referia ap segredo de justiça. A mais ignominiosa nem sequer era essa, mas a prova da pressão exercida e da absoluta falta de vergonha em procurar influenciar o decurdo da investigação, conforme foi alegado então pelo MP.
Ferro Rodrigues, acabou desterrado, em consequência directa desses acontecimentos. António Costa, é hoje presidente da autarquia de Lisboa, depois de ministro influente e com lugar importante no governo.
José Sócrates, depois de eleito indirectamente, é hoje primeiro-ministro de um governo e de um partido que se aprestou a rever as leis penais, num sentido inequivocamente direccionado para a protecção de arguidos e com artigos particularmente inspirados no caso da Casa Pia.
Ninguém, maioritariamente, em Portugal, acha isto uma vergonha inominável num Estado de Direito, continuando a dar o benefício eleitoral, a estes personagens da nossa opereta política. Ninguém, maioritariamente, em Portugal, considerou o caso estranho do percurso académico de José Sócrates, digno de ser avaliado ética e politicamente. Marcelo Rebelo de Sousa, ontem, na sua intervenção semanal na RTP, voltou a referir, por contraste, esse assunto, ao dizer que na comparação de Sócrates com Marques Mendes pelo menos este tem uma licenciatura séria, ou coisa que o valha. Julgando pela atitude de MRS, seria interessante ouvir a maioria dos académicos deste país, sobre o assunto, e tentar perceber se colocam a consciência profissional ao nível da conveniência.
Neste contexto, o advogado José Maria Martins, requereu nesse processo, a autorização para se publicarem as escutas relativas à intervenção de José Sócrates nesse processo concreto e que alegadamente mostram uma intervenção inadmissível, atenta a circunstância concreta em que se verificou.
Pergunta-se: será útil, agora, saber qual o teor dessa intervenção de José Sócrates, em 2003, no âmbito das escutas efectuadas e que aquele advogado que as conhece, considera “vergonhosas”?
Será importante, para se perceber o papel de certas personagens do partido socialista, agora no poder, no âmbito concreto desse processo que envolveu pessoas de notoriedade elevada do partido em causa?
A resposta a estas questões, em primeiro lugar pelo tribunal e depois pela opinião pública, dará a conhecer o nível de desenvolvimento da nossa democracia, da divisão de poderes real e efectiva que existe e no final de contas do grau de desenvolvimento da nossa cidadania. Permitirá também avaliar melhor o sentido da última revisão do Código de Processo Penal que alguns ( Paulo Rangel), associaram já ao processo Casa Pia, em algumas das suas modificações, nomeadamente a que permite a publicação deste tipo de escutas transcritas em processos. A partir de 15 de Setembro, isso torna-se praticamente inviável e toda a gente percebe porquê, além da razão oficial.
Se isto acontecesse na Inglaterra ou nos USA, nem é preciso perguntar o que sucederia. Se ocorresse na Itália, poderemos sabê-lo através da experiência recente com o governante Berlusconi e se por acaso, fosse no Brasil, também não teríamos grandes dúvidas.
Portugal que democracia tem?"
Esses políticos estão identificados como Ferro Rodrigues, António Costa e agora, José Sócrates. Todos do PS que agora tem a maioria absoluta na AR e manda no governo da nação, em termos executivos .
Sobre a participação de António Costa e Ferro Rodrigues, no caso concreto, já se sabe o que sucedeu, porque o Ministério Público referiu expressamente as conversas privadas, gravadas pela polícia, com autorização de juiz de instrução. A mais vergonhosa frase dessas transcrições expostas na motivação de recurso do MP, para sustentar a actualidade e adequação da prisão preventiva de um dos arguidos, era a que se referia ap segredo de justiça. A mais ignominiosa nem sequer era essa, mas a prova da pressão exercida e da absoluta falta de vergonha em procurar influenciar o decurdo da investigação, conforme foi alegado então pelo MP.
Ferro Rodrigues, acabou desterrado, em consequência directa desses acontecimentos. António Costa, é hoje presidente da autarquia de Lisboa, depois de ministro influente e com lugar importante no governo.
José Sócrates, depois de eleito indirectamente, é hoje primeiro-ministro de um governo e de um partido que se aprestou a rever as leis penais, num sentido inequivocamente direccionado para a protecção de arguidos e com artigos particularmente inspirados no caso da Casa Pia.
Ninguém, maioritariamente, em Portugal, acha isto uma vergonha inominável num Estado de Direito, continuando a dar o benefício eleitoral, a estes personagens da nossa opereta política. Ninguém, maioritariamente, em Portugal, considerou o caso estranho do percurso académico de José Sócrates, digno de ser avaliado ética e politicamente. Marcelo Rebelo de Sousa, ontem, na sua intervenção semanal na RTP, voltou a referir, por contraste, esse assunto, ao dizer que na comparação de Sócrates com Marques Mendes pelo menos este tem uma licenciatura séria, ou coisa que o valha. Julgando pela atitude de MRS, seria interessante ouvir a maioria dos académicos deste país, sobre o assunto, e tentar perceber se colocam a consciência profissional ao nível da conveniência.
Neste contexto, o advogado José Maria Martins, requereu nesse processo, a autorização para se publicarem as escutas relativas à intervenção de José Sócrates nesse processo concreto e que alegadamente mostram uma intervenção inadmissível, atenta a circunstância concreta em que se verificou.
Pergunta-se: será útil, agora, saber qual o teor dessa intervenção de José Sócrates, em 2003, no âmbito das escutas efectuadas e que aquele advogado que as conhece, considera “vergonhosas”?
Será importante, para se perceber o papel de certas personagens do partido socialista, agora no poder, no âmbito concreto desse processo que envolveu pessoas de notoriedade elevada do partido em causa?
A resposta a estas questões, em primeiro lugar pelo tribunal e depois pela opinião pública, dará a conhecer o nível de desenvolvimento da nossa democracia, da divisão de poderes real e efectiva que existe e no final de contas do grau de desenvolvimento da nossa cidadania. Permitirá também avaliar melhor o sentido da última revisão do Código de Processo Penal que alguns ( Paulo Rangel), associaram já ao processo Casa Pia, em algumas das suas modificações, nomeadamente a que permite a publicação deste tipo de escutas transcritas em processos. A partir de 15 de Setembro, isso torna-se praticamente inviável e toda a gente percebe porquê, além da razão oficial.
Se isto acontecesse na Inglaterra ou nos USA, nem é preciso perguntar o que sucederia. Se ocorresse na Itália, poderemos sabê-lo através da experiência recente com o governante Berlusconi e se por acaso, fosse no Brasil, também não teríamos grandes dúvidas.
Portugal que democracia tem?"
José na Grande Loja.
9 Comments:
Eu acho q n vão deixar a publicação do processo na net, se isso acontecer, acho que o Dr. J.M.Martins deve escrever um livro e desta maneira dar a volta, e contar a verdade. já q supostamente há liberdade de expressão em Portugal. Aqui veremos se há ou não! Certamente o livro vai ser um sucesso de vendas e dará para cobrir todas as despesas de proc. q Martins tenha contra, pela publicaçao do livro
Agora já começo a entender o receio de Rui Pereira e C.ª de que as escutas telefónicas sejam publicadas, nomeadamente as do processo Casa Pia.
País de gente podre e rota, como pode o povo escolher tamanha gente para governar? deveriam antes investigar todos os esqueletos escondidos dessa gente e po-los a claro para o povo saber em quem vota. Sempre gostei desse advogado achei que procura a verdade e defende a verdade.
ESTAMOS NÓS A DESPACHAR CERCA DE 40% DOS NOSSOS SALARIOS E OUTROS MAIS PARA SUSTENTAR ESTA CAMBADA DE PARASITAS VAMOS IRRADICA LOS A TODOS SEM EXCEPÇÃO,COM ESSE DINHEIRO QUE TODOS VAMOS DEIXAR DE LHES DAR PARA ELES NÃO SE SABE TÃO POUCO PARA AONDE ESSE DINHEIRO VAI,N´SO TODOS DIAS OUVIMOS MENTIRAS E OS MILHÕES NEM VE LOS A SEREM APLICADOS PARA O NOSSO BEM E NECESSIDADES
"As escutas telefónicas têm de ser dadas a conhecer aos portugueses e ao Mundo”,defende,José Maria Martins e eu também, porque esses Pedófilos têm de pagar,porque está tudo à espera que fique em águas de bacalhau,se fosse um pedófilo de poucos recursos,era imediatamente preso.E para mais estão a incubrir-SE uns aos outros,como os putos na Escola "olha que digo à tua mãe se tu dizes à minha"
Duvido que deixem publicar a situação da Casa Pia, assim como outras na Net. Tenho plena certeza que Paulo Pedroso, José SÓcrates e Ferro Rodrigues teriam de dar ao povo muitas explicações. O sr Pedroso parece que se evaporou, mas aqui há coisas muito esquisitas, que deviam ser resolvidas. Mas que a nossa justiça não consegue, devido às personagens que estão implicadas.
Mais do que ninguém, sabe bem o que se passa no autos. Mas do que ninguém sente na pele as iniquidades deste País. Naturalmente q, depois de tirar a radiografia a situação deste rectângulo na periferia da Europa plantado, tudo encaixa como num puzzle. Houvesse mais Martins!
Que eu saiba o Dr José Maria Martins é ainda o único Homem corajoso em Portugal. Quando houver mais homens deste temperamento, este governo e mais a ordem e o resto das instituições, acertam o passo de certeza.
Porque será que com o novo Código Penal as transcrições públicas de escutas telefónicas só são possíveis com a autorização dos escutados? Feito à medida dos politicos.
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