Intervenção
"Quando aqui há dias escrevi nesta coluna que o PSD tem manifesta incapacidade para fazer oposição a uma política, a do Governo do PS, que afinal é a sua, corri o eventual risco de engrossar uma lista negra de “jornalistas de intervenção”.
Com a agravante de ter preenchido a ficha para entrar em simultâneo para a lista negra do PSD como para a do PS, a havê-las. Nenhum dos partidos de poder admite de facto a independência crítica nem encara tal exercício com abertura e tolerância democrática e todos eles vêem no exercício da liberdade de expressão sinais de turvas conspirações, de encobertas conexões.
Poderia contar histórias exemplares a esse respeito só a partir de casos em torno desta Coluna Vertebral que o Diário Económico publica ininterruptamente desde 1999. Poderia contar tais histórias não fosse dar-se o caso de já as ter esquecido. Mas camaradas meus em situações semelhantes contam-me que de palmadinhas nos ombros a ameaças veladas, de amáveis convites para almoçar a intrigas e chantagens pelas costas ou a insultos anónimos, têm passado por tudo.
Um desses camaradas passou pela mais intrincada das confusões. Censurava o governo vigente, que vegetava pantanosamente, como criticava a oposição que boiava em águas estagnadas. Daí que tenha sido alvo de tentativas simultâneas de aliciamento para participar numa conspiração contra o chefe do partido do governo e numa outra para “remover” o líder da oposição antes que o governo caísse.
Claro que este texto é motivado pela vesga investida do PSD contra a jornalista Fernanda Câncio. Mas não é um texto corporativo. Não vou em corporações. Até porque há jornalistas, ou equiparados, que alinham em várias destas canalhices."
João Paulo Guerra
Com a agravante de ter preenchido a ficha para entrar em simultâneo para a lista negra do PSD como para a do PS, a havê-las. Nenhum dos partidos de poder admite de facto a independência crítica nem encara tal exercício com abertura e tolerância democrática e todos eles vêem no exercício da liberdade de expressão sinais de turvas conspirações, de encobertas conexões.
Poderia contar histórias exemplares a esse respeito só a partir de casos em torno desta Coluna Vertebral que o Diário Económico publica ininterruptamente desde 1999. Poderia contar tais histórias não fosse dar-se o caso de já as ter esquecido. Mas camaradas meus em situações semelhantes contam-me que de palmadinhas nos ombros a ameaças veladas, de amáveis convites para almoçar a intrigas e chantagens pelas costas ou a insultos anónimos, têm passado por tudo.
Um desses camaradas passou pela mais intrincada das confusões. Censurava o governo vigente, que vegetava pantanosamente, como criticava a oposição que boiava em águas estagnadas. Daí que tenha sido alvo de tentativas simultâneas de aliciamento para participar numa conspiração contra o chefe do partido do governo e numa outra para “remover” o líder da oposição antes que o governo caísse.
Claro que este texto é motivado pela vesga investida do PSD contra a jornalista Fernanda Câncio. Mas não é um texto corporativo. Não vou em corporações. Até porque há jornalistas, ou equiparados, que alinham em várias destas canalhices."
João Paulo Guerra
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