Judiciária perde operacionalidade.
"A morte de Alexandra Neno, em Sacavém, a 29 de Fevereiro, permanece um mistério, assim como o homicídio de Diogo Ferreira, em Oeiras, a 1 de Março. O mesmo se passa com os crimes da noite no Porto, e, igualmente, o homicídio, em Dezembro, de José Gonçalves, proprietário da discoteca O Avião, em Lisboa, sem esquecer Madeleine McCann, desaparecida em Maio de 2007, no Algarve.
Crimes mais ou menos complexos, estes e outros, que a Polícia Judiciária (PJ) continua sem desvendar, revelando uma redução da capacidade operacional que os números oficiais também evidenciam: no primeiro trimestre deste ano a percentagem de detenções baixou 53%, relativamente ao período homólogo do ano passado. As buscas baixaram cerca de 20%. A directoria de Faro, onde decorre a investigação do caso Maddie, é a mais afectada. Estes são os mais recentes dados do Departamento de Planeamento e Assessoria Técnica da PJ, a que o DN teve acesso. A falta de uma estratégia de investigação por parte da Direcção Nacional da PJ, e a desmotivação dos inspectores à espera de uma nova lei orgânica, são factores apontados para explicar a actual inoperância.
Os números evidenciam a tendência de declínio desde que Alípio Ribeiro tomou posse como Director Nacional da PJ, em Abril de 2006. Amigo pessoal do ministro da Justiça Alberto Costa, aquele magistrado do Ministério Público (MP) foi chamado para substituir o juiz conselheiro Santos Cabral, que saiu em ruptura com aquele responsável governamental.
Alípio Ribeiro é menos reivindicativo, mas a redução da operacionalidade começa, desde logo, pelo número de inspectores. No 1.º trimestre de 2007 eram 1032. No período homólogo deste ano baixaram para 970, ou seja, menos 6%. Em 2005 eram 1096.
Na directoria do Porto, onde todas as atenções se têm focalizado - devido ao caso recente das mortes relacionadas com os locais de diversão nocturna - verifica-se que a percentagem de detenções baixou 60%, comparando aqueles dois períodos. Os inquéritos com proposta de acusação diminuíram 10%.
Este último item, relativo às propostas de acusação, é um dos mais significativos no apuramento da operacionalidade, já que reflecte o êxito das investigações. A nível nacional, registe-se, a percentagem de inquéritos remetidos ao MP com proposta de acusação baixou de 17,1% para 16,7% . Estes processos saídos (correspondentes aos que ficaram com a investigação terminada) também diminuíram (menos 11,3%), acontecendo o mesmo com os processos entrados (menos 2,3%).
Na directoria de Lisboa, onde se concentra o maior número de crimes, assiste-se à mesma tendência. Aqui, as detenções baixaram 52%, ao passo que os inquéritos com proposta de acusação diminuíram 26%.
"A maioria dos indicadores, e muito particularmente aqueles que mais de perto se prendem com a produção de prova, apontam para uma quebra de resultados quer no plano quantitativo quer no plano qualitativo", disse ao DN fonte da PJ. A Direcção Nacional não respondeu ao nosso pedido de esclarecimento.
Excepção na perda de operacionalidade, é a directoria de Coimbra que, embora desça 60% nas detenções, aumentou em 17% os inquéritos saídos para acusação, o que revela qualidade de trabalho. Neste item, Faro baixa 58%, e as detenções 31%.
Na instituição, apurou o DN, admite-se a existência de uma "grande desmotivação", também derivada da "falta de planeamento e de estratégia".
"São de resto visíveis e indisfarçáveis as dificuldades sentidas e a ausência de resultados na maioria dos casos de criminalidade grave e violenta dos últimos meses, e que reflectem uma abordagem na investigação errada e inadequada", garantiram as fontes contactadas pelo DN.
Nas direcções centrais, o descalabro verifica-se, sobretudo, no combate à droga. As detenções baixaram 37% e 23% os inquéritos com acusação (mais aqui)."
Crimes mais ou menos complexos, estes e outros, que a Polícia Judiciária (PJ) continua sem desvendar, revelando uma redução da capacidade operacional que os números oficiais também evidenciam: no primeiro trimestre deste ano a percentagem de detenções baixou 53%, relativamente ao período homólogo do ano passado. As buscas baixaram cerca de 20%. A directoria de Faro, onde decorre a investigação do caso Maddie, é a mais afectada. Estes são os mais recentes dados do Departamento de Planeamento e Assessoria Técnica da PJ, a que o DN teve acesso. A falta de uma estratégia de investigação por parte da Direcção Nacional da PJ, e a desmotivação dos inspectores à espera de uma nova lei orgânica, são factores apontados para explicar a actual inoperância.
Os números evidenciam a tendência de declínio desde que Alípio Ribeiro tomou posse como Director Nacional da PJ, em Abril de 2006. Amigo pessoal do ministro da Justiça Alberto Costa, aquele magistrado do Ministério Público (MP) foi chamado para substituir o juiz conselheiro Santos Cabral, que saiu em ruptura com aquele responsável governamental.
Alípio Ribeiro é menos reivindicativo, mas a redução da operacionalidade começa, desde logo, pelo número de inspectores. No 1.º trimestre de 2007 eram 1032. No período homólogo deste ano baixaram para 970, ou seja, menos 6%. Em 2005 eram 1096.
Na directoria do Porto, onde todas as atenções se têm focalizado - devido ao caso recente das mortes relacionadas com os locais de diversão nocturna - verifica-se que a percentagem de detenções baixou 60%, comparando aqueles dois períodos. Os inquéritos com proposta de acusação diminuíram 10%.
Este último item, relativo às propostas de acusação, é um dos mais significativos no apuramento da operacionalidade, já que reflecte o êxito das investigações. A nível nacional, registe-se, a percentagem de inquéritos remetidos ao MP com proposta de acusação baixou de 17,1% para 16,7% . Estes processos saídos (correspondentes aos que ficaram com a investigação terminada) também diminuíram (menos 11,3%), acontecendo o mesmo com os processos entrados (menos 2,3%).
Na directoria de Lisboa, onde se concentra o maior número de crimes, assiste-se à mesma tendência. Aqui, as detenções baixaram 52%, ao passo que os inquéritos com proposta de acusação diminuíram 26%.
"A maioria dos indicadores, e muito particularmente aqueles que mais de perto se prendem com a produção de prova, apontam para uma quebra de resultados quer no plano quantitativo quer no plano qualitativo", disse ao DN fonte da PJ. A Direcção Nacional não respondeu ao nosso pedido de esclarecimento.
Excepção na perda de operacionalidade, é a directoria de Coimbra que, embora desça 60% nas detenções, aumentou em 17% os inquéritos saídos para acusação, o que revela qualidade de trabalho. Neste item, Faro baixa 58%, e as detenções 31%.
Na instituição, apurou o DN, admite-se a existência de uma "grande desmotivação", também derivada da "falta de planeamento e de estratégia".
"São de resto visíveis e indisfarçáveis as dificuldades sentidas e a ausência de resultados na maioria dos casos de criminalidade grave e violenta dos últimos meses, e que reflectem uma abordagem na investigação errada e inadequada", garantiram as fontes contactadas pelo DN.
Nas direcções centrais, o descalabro verifica-se, sobretudo, no combate à droga. As detenções baixaram 37% e 23% os inquéritos com acusação (mais aqui)."
7 Comments:
Este pais esta entregue a uma cambada de incompetentes. Necessitamos duma quarentena para eliminar estes virus! não é possivel, estamos cada vez piores em tudo ate na justiça a unica que pode manter os direitos liberdades e garantias do cidadão, com as novas leis ninguem quer la ficar ainda por cima com chefes destes! os criminosos passaram a ser tratamento impar vip uma vergonha! Qual a diferença do antigamente para agora é a liberdade? pelos vistos estes senhores que estão no poder tem toda e agradecem! poderem votar?Ok tem servido de muito votarem nos mesmos! ainda ninguem neste pais pediu contas aos deputados aos governos e partidos daquilo que fazem e como fazem, quando chegar esse dia PORTUGAL vai ser um PAIS NO CAMINHO CERTO! Acredito que a nova geraçao vai por um travao nesta forma fraudulenta da mentira de fazer politica!!
Incapaz de justificar o descalabro a que conduziu a PJ Alipio Ribeiro mente despudoradamente com argumentos falsos e ridiculos.
Não há um policia, um magistrado, um funcionário de justiça que não se ria das explicações apresentadas.
Alipio Ribeiro perdeu a vergonha
Estavam à espera de quê? Há muito tempo que se adivinha o fim daquela PJ de outrora!
O comissário politico Alipio Ribeiro não está lá para outra coisa senão para levá-la à liquidação total.
É pena é que a PJ já não tenha gente como dantes que corresse com estes sindicalistas vendidos ao governo em troca de benesses pessoais!
Tudo a tratar da vidinha e os ideiais que se danem.É triste mas é assim
Quando tudo começa a falhar, é obvio que os chicos-espertos incomodados têm o discurso pronto: se há insucesso escolar, a culpa é dos professores, se há crime e ele compensa, a culpa é da policia, se os doentes são mal assistidos, a culpa é dos médicos, etc e tal...como convém.ENTÃO PARA QUE SERVE UM GOVERNO ELEITO? Para ser o coitadinho disto tudo?...Esta democracia serve todos, excepto quem trabalha e paga impostos!
Já toda a gente percebeu que Alipio Ribeiro não tem capacidade nem condições para gerir uma casa como a PJ e há-de conduzi-la rapidamente ao abismo como se começa a ver pela ausência de resultados.
E as explicações que dá para a sua incompetência e falta de liderança são verdadeiras anedotas.
1º O cumprimento de detenções judiciais na PJ fora dos proprios inquéritos que investiga, sempre teve natureza residual e sem expressão estatística. Pennuts como dizem os ingleses!
2º As novas regras do CPP mais restritivas para a prisão preventiva só se aplicam a crimes com prisão inferior a 5 anos. Logo a criminalidade da competência da PJ não é afectada, podendo-se queixar sim a PSP e a GNR!
3º os famigerados 150 novos inspectores que o ministro e Alipio não tiram da boca, na melhor das hipóteses só começam a trabalhar depois de 2010. Se calhar já não serão precisos!
Este senhor além de incompetente é também mentiroso e trafulha.
Mas é um bom exemplo de um dos cancros deste país que é amiguismo substituir a capacidade e a competência das pessoas.
A PJ tem um Departamento com a missão de dar cumprimento aos mandados de detenção/captura. O problema é que a PSP e a GNR também os têm e por vezes acontece (muitas vezes mesmo) que o mesmo mandado (relativo à mesma pessoa e à ordem do mesmo processo) esteja nas mãos, por exemplo, da PJ e da PSP.
Os Magistrados não terão muitas razões para se rirem, tal a bandalheira com que funcionam os tribunais. Quantas vezes são emitidos mandados de detenção/captura/comparência/notificação, visando pessoas que já estão presas? E mais vergonhoso, sabendo-se que os tribunais têm acesso às base de dados das pessoas detidas em estabelecimentos prisionais!!! Era só o trabalho de consultar a base de dados antes de emitir o mandado.
Que tamanha inversão dos factos, é mentira senhor director, a PJ não cumpre mandados de detenção da GNR nem da PSP. os policias e magistrados dos tribunais ate se riem com essa mentira. trabalhe e mande trabalhar que é isso que os contribuintes querem.
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