Provedor dos pobres
“Com o anunciado triunfo dos especuladores, quem não produz lucros deve morrer inexoravelmente”
Esta comédia do aumento quase diário dos preços dos combustíveis, com o Governo como mero observador distante e desinteressado, demonstra quanto os poderes públicos caminham para um alegre suicídio. Porque o que se passa com os combustíveis é só uma amostra do que nos espera. Na quarta-feira, José Sócrates, para evitar o pânico e salvar a honra do convento, prometeu o congelamento dos passe sociais até ao fim do ano e mais umas prebendas avulsas. Mas o mal é que os portugueses vão ficar por cá depois do fim do ano e ninguém sabe o que irá acontecer. Vivemos com uma permanente maldição.
Quando os nossos governantes se propõem atacar uma crise já instalada só provocam crises ainda maiores. Como aconteceu e irá continuar a acontecer no combate ao défice. Com Sócrates, Manuela, Santana ou qualquer outro milagreiro que se anuncie. A crise do preço do petróleo só teve uma vantagem: deu visibilidade final às mentiras de todas as filosofias ultraliberais. Os novos corruptos hoje vivem no melhor dos mundos, manipulando mercados e enriquecendo à custa do empobrecimento dos outros. E, se alguns portugueses podem guardar os carros nas garagens deixando as estradas para os que podem pagar o litro de combustível cem vezes mais caro do que o barril de petróleo, já não podem deixar de comer, de se vestir, de ter casa e de reclamar um mínimo de dignidade nas suas vidas.
Muito antes desta crise do petróleo os sucessivos governos desde Cavaco (inclusive) renderam-se a um determinismo que era afinal a maior das fraudes. As supostas virtualidades da economia de mercado. Ultraliberal, de preferência. Os caseiros gurus da economia, que ‘guiam’ e apoiam tão fracos governantes, não são como os nossos escritores, poetas, arquitectos, artistas ou até futebolistas. Nunca criaram algo. Nunca tiveram uma ideia. São sebenteiros empedernidos. Seguidores de modas. Que tudo ‘explicam’ e ‘justificam’. Muito especialmente as desgraças que nos vão atingindo.
Com o anunciado triunfo dos especuladores (filhotes dos ultraliberais), quem não produz lucros deve morrer inexoravelmente. Tudo o resto são falsamente piedosas variações à volta deste tema para adocicar a agressiva realidade que está à frente dos nossos olhos. É este mundo que nos estende o cartão-de-visita com a especulação sobre os preços do petróleo. O ‘futuro radioso’ que nos anuncia é o de um Estado despido de riqueza, dignidade e funções a garantir que os especuladores se não liquidem, para que o jogo continue, transformado numa espécie de provedor dos pobres. "
João Marques dos Santos,
Esta comédia do aumento quase diário dos preços dos combustíveis, com o Governo como mero observador distante e desinteressado, demonstra quanto os poderes públicos caminham para um alegre suicídio. Porque o que se passa com os combustíveis é só uma amostra do que nos espera. Na quarta-feira, José Sócrates, para evitar o pânico e salvar a honra do convento, prometeu o congelamento dos passe sociais até ao fim do ano e mais umas prebendas avulsas. Mas o mal é que os portugueses vão ficar por cá depois do fim do ano e ninguém sabe o que irá acontecer. Vivemos com uma permanente maldição.
Quando os nossos governantes se propõem atacar uma crise já instalada só provocam crises ainda maiores. Como aconteceu e irá continuar a acontecer no combate ao défice. Com Sócrates, Manuela, Santana ou qualquer outro milagreiro que se anuncie. A crise do preço do petróleo só teve uma vantagem: deu visibilidade final às mentiras de todas as filosofias ultraliberais. Os novos corruptos hoje vivem no melhor dos mundos, manipulando mercados e enriquecendo à custa do empobrecimento dos outros. E, se alguns portugueses podem guardar os carros nas garagens deixando as estradas para os que podem pagar o litro de combustível cem vezes mais caro do que o barril de petróleo, já não podem deixar de comer, de se vestir, de ter casa e de reclamar um mínimo de dignidade nas suas vidas.
Muito antes desta crise do petróleo os sucessivos governos desde Cavaco (inclusive) renderam-se a um determinismo que era afinal a maior das fraudes. As supostas virtualidades da economia de mercado. Ultraliberal, de preferência. Os caseiros gurus da economia, que ‘guiam’ e apoiam tão fracos governantes, não são como os nossos escritores, poetas, arquitectos, artistas ou até futebolistas. Nunca criaram algo. Nunca tiveram uma ideia. São sebenteiros empedernidos. Seguidores de modas. Que tudo ‘explicam’ e ‘justificam’. Muito especialmente as desgraças que nos vão atingindo.
Com o anunciado triunfo dos especuladores (filhotes dos ultraliberais), quem não produz lucros deve morrer inexoravelmente. Tudo o resto são falsamente piedosas variações à volta deste tema para adocicar a agressiva realidade que está à frente dos nossos olhos. É este mundo que nos estende o cartão-de-visita com a especulação sobre os preços do petróleo. O ‘futuro radioso’ que nos anuncia é o de um Estado despido de riqueza, dignidade e funções a garantir que os especuladores se não liquidem, para que o jogo continue, transformado numa espécie de provedor dos pobres. "
João Marques dos Santos,
3 Comments:
Tenhamos esperança no Ps de Sócrates e no Benfica do Vieira. Este, inventou mais uma desculpa: "o director desportivo". Para que serve ? Nem o divino "maestro" sabe o que vai fazer. O PS vai ter que inventar "um provedor socialista" Para quê? Alguém sabe ?
Um dos problemas de Sócrates é o de que se deixa convencer pela sua propria propaganda. Outro é o de que não tem um perfil ideológico bem marcado. Ganhou a maioria com promessas de centro esquerda: 150.000 postos de trabalho, um fartote de investimentos, etc. Mal se sentou na cadeira deixou-se convencer pelos amigos Constancio e Santos e Cunha e...zás, virou 180 graus. Agora está-se a preparar para voltar atrás. MAS JÁ É TARDE!
Socrates é um grande manhoso. Se as coisas estivessem a correr bem, aparecia todos os dias e a várias horas com gabarolices, mas como isto está muito feio, ele refugia-se nas tábuas!Não tem nada para alegrar os socialistas, porque a mim, canta bem mas não me alegra! Estão calados, porque ele e o Teixeira estão a ver que já não têm muito por onde lançar as redes e às pessoas a quem eles têm metido, demais, a mão no bolso, daqui a pouco terão que lhes dar um subsídio ou comecerão a não ter dinheiro para pagar os empréstimos para a habitação e irão pedir comer às Instituições de Solaridade Social! Assim, qualquer Governo reles, deminuiria o défice. Não é nenhuma competência, mas sim um descaramento!
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