Desigualdade
"O relatório de Bruxelas que aponta Portugal como o País de maiores desigualdades na Europa a seguir à Letónia, e muito próximo da situação nos EUA, deveria deixar felizes os liberais simpatizantes do modelo económico americano.
Para os outros, como eu, que preferíamos maior justiça social, a situação é particularmente desesperante e injusta. É que os principais beneficiados são os gestores de topo portugueses, precisamente os responsáveis pela falta de uma economia de mercado pujante. Porque os trabalhadores, quando bem geridos por estrangeiros, como na Auto Europa, classificam-se entre os melhores do mundo. Já os gestores porrugueses, os tais que ganham mais do que no resto dos países, classificam-se entre os piores.
E há uma coisa que deveria fazer reflectir políticos e governantes quando se fala na flexibilização do mercado de trabalho: os EUA, muito flexíveis, vivem em permanentes crises, e têm a pobreza mais miserável do mundo ocidental; já o Japão, com uma prática de ralações laborais nada flexível (quando há despedimentos numa empresa, a administração não consegue sobreviver), está a ultrapassar todo o jundo, inclusivamente os EUA. E os gestores japoneses costumam explicar o seu sucesso precisamente pela responsabilidade que lhes é exigida, ao não poderem sacrificar os trabalhadores - e ao serem responsabilizados quando o fazem. Por isso a Toyota já ultrapassou a Ford como o maior fabricante mundual de automóveis."
Publicado por PedrodAnunciacao
Para os outros, como eu, que preferíamos maior justiça social, a situação é particularmente desesperante e injusta. É que os principais beneficiados são os gestores de topo portugueses, precisamente os responsáveis pela falta de uma economia de mercado pujante. Porque os trabalhadores, quando bem geridos por estrangeiros, como na Auto Europa, classificam-se entre os melhores do mundo. Já os gestores porrugueses, os tais que ganham mais do que no resto dos países, classificam-se entre os piores.
E há uma coisa que deveria fazer reflectir políticos e governantes quando se fala na flexibilização do mercado de trabalho: os EUA, muito flexíveis, vivem em permanentes crises, e têm a pobreza mais miserável do mundo ocidental; já o Japão, com uma prática de ralações laborais nada flexível (quando há despedimentos numa empresa, a administração não consegue sobreviver), está a ultrapassar todo o jundo, inclusivamente os EUA. E os gestores japoneses costumam explicar o seu sucesso precisamente pela responsabilidade que lhes é exigida, ao não poderem sacrificar os trabalhadores - e ao serem responsabilizados quando o fazem. Por isso a Toyota já ultrapassou a Ford como o maior fabricante mundual de automóveis."
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