Petróleo: especulação ou jogo? (I)
"As subidas do preço do petróleo preocupam o mundo. Saber se as variações são de natureza especulativa é a controvérsia suscitada.
Entre as questões em debate sobre o petróleo sobressai a de saber o que mais releva nas impressionantes subidas dos seus preços. É que tais subidas preocupam todo o mundo e toda a gente.
Saber se as variações dos preços são de natureza especulativa é a controvérsia suscitada. Os preços que se praticam são muitíssimo superiores aos custos efectivos das actividades de extracção e de refinação e há indícios claros de manipulações e de notícias fomentadoras de subidas dos preços.
Há pessoas ou entidades a comprar e a acumular ‘stocks’ ou a gerir direitos sobre ‘stocks’, praticando contratos de compra de petróleo ou de direitos de compra considerando que os preços ainda sobem, esperando ainda celebrar futuros contratos ainda a melhor preço.
Nos tempos presentes são muitas as formas de comprar, designadamente há as que dispensam as entregas materiais dos bens adquiridos. São meros contratos financeiros (contratos de futuros), à data dos quais podem nem sequer existir ainda as mercadorias (’commodities’) que se transaccionam. Trata-se de contrato assente em direito a receber mais tarde a mercadoria estipulada nos contratos. Está-se longe dos tradicionais contratos reais de compra e venda, mas é certo que o nosso Código Civil (art. 881º), já indica que “quando se vendam bens de existência ou titularidade incerta e no contrato se faça menção dessa incerteza, é devido o preço, ainda que os bens não existam ou não pertençam ao vendedor, excepto se as partes recusarem contrato de natureza aleatória”.
Acontece que, actualmente, ocorrem com muita frequência e até repetitivamente, contratos de futuros em que há sucessões de compradores e vendedores. Em relação ao petróleo existem inúmeros contratos a futuro.
Nos actuais contratos de futuros especula quem se baseia em certeza reputada fundada de que os preços do petróleo hão-de subir. O petróleo é um recurso natural que ainda abunda e continuam a processar-se novas descobertas, mas o consumo anual tem crescido sempre, donde até o senso comum admitir caminhar-se para o esgotamento. Daí também a crença que os preços não baixarão e, sim, se manterão altos, cada vez mais altos. Porém, admitir subidas após subidas pode terminar, rebentar tal como um balão que se foi sucessivamente enchendo. Não se sabe onde, quando, nem quem serão os prejudicados no rebentamento. Efectivamente os últimos detentores de direitos comprados para receber o petróleo futuro virão a perder, serão os especuladores mais incautos, mas que também ambicionavam ganhos, naturalmente já fora de razoáveis conhecimentos, actuando na base de esperanças e sonhos.
Pode concluir-se que caso viesse a ocorrer baixa grande, ou repentina, também adviriam daí problemas sérios, considerando que as operações praticadas assentam em expectativas de alta para todos os que têm intervindo, acabando por falhar em relação aos últimos, os que sofrerão o colapso da queda. Isso acontecerá com aqueles que admitiram continuar na senda do ganho, pensando em valores impossíveis de alcançar.
O que nos impressiona são já as tragédias em curso: o empobrecimento de quem carece do combustível e acaba por o pagar a preços exorbitantes, perdendo poder de compra ou até falindo, gerando-se perturbações nos negócios em geral e na vida social (crise, desemprego, miséria generalizada, focos de lutas e guerras).
Será de apelar a Jesus Cristo, uma vez que os poderes do mundo tardam em resolver, ou acham-se impotentes, ou não querem resolver ? O problema é demasiado sério, o mundo caminha em selva e embustes. Daí falecerem as respostas, que são necessárias,… e urgentíssimas.
Este é o primeiro artigo de uma trilogia que continuará a ser publicada nas próximas quarta e quinta-feira."
Rogério Fernandes Ferreira
Entre as questões em debate sobre o petróleo sobressai a de saber o que mais releva nas impressionantes subidas dos seus preços. É que tais subidas preocupam todo o mundo e toda a gente.
Saber se as variações dos preços são de natureza especulativa é a controvérsia suscitada. Os preços que se praticam são muitíssimo superiores aos custos efectivos das actividades de extracção e de refinação e há indícios claros de manipulações e de notícias fomentadoras de subidas dos preços.
Há pessoas ou entidades a comprar e a acumular ‘stocks’ ou a gerir direitos sobre ‘stocks’, praticando contratos de compra de petróleo ou de direitos de compra considerando que os preços ainda sobem, esperando ainda celebrar futuros contratos ainda a melhor preço.
Nos tempos presentes são muitas as formas de comprar, designadamente há as que dispensam as entregas materiais dos bens adquiridos. São meros contratos financeiros (contratos de futuros), à data dos quais podem nem sequer existir ainda as mercadorias (’commodities’) que se transaccionam. Trata-se de contrato assente em direito a receber mais tarde a mercadoria estipulada nos contratos. Está-se longe dos tradicionais contratos reais de compra e venda, mas é certo que o nosso Código Civil (art. 881º), já indica que “quando se vendam bens de existência ou titularidade incerta e no contrato se faça menção dessa incerteza, é devido o preço, ainda que os bens não existam ou não pertençam ao vendedor, excepto se as partes recusarem contrato de natureza aleatória”.
Acontece que, actualmente, ocorrem com muita frequência e até repetitivamente, contratos de futuros em que há sucessões de compradores e vendedores. Em relação ao petróleo existem inúmeros contratos a futuro.
Nos actuais contratos de futuros especula quem se baseia em certeza reputada fundada de que os preços do petróleo hão-de subir. O petróleo é um recurso natural que ainda abunda e continuam a processar-se novas descobertas, mas o consumo anual tem crescido sempre, donde até o senso comum admitir caminhar-se para o esgotamento. Daí também a crença que os preços não baixarão e, sim, se manterão altos, cada vez mais altos. Porém, admitir subidas após subidas pode terminar, rebentar tal como um balão que se foi sucessivamente enchendo. Não se sabe onde, quando, nem quem serão os prejudicados no rebentamento. Efectivamente os últimos detentores de direitos comprados para receber o petróleo futuro virão a perder, serão os especuladores mais incautos, mas que também ambicionavam ganhos, naturalmente já fora de razoáveis conhecimentos, actuando na base de esperanças e sonhos.
Pode concluir-se que caso viesse a ocorrer baixa grande, ou repentina, também adviriam daí problemas sérios, considerando que as operações praticadas assentam em expectativas de alta para todos os que têm intervindo, acabando por falhar em relação aos últimos, os que sofrerão o colapso da queda. Isso acontecerá com aqueles que admitiram continuar na senda do ganho, pensando em valores impossíveis de alcançar.
O que nos impressiona são já as tragédias em curso: o empobrecimento de quem carece do combustível e acaba por o pagar a preços exorbitantes, perdendo poder de compra ou até falindo, gerando-se perturbações nos negócios em geral e na vida social (crise, desemprego, miséria generalizada, focos de lutas e guerras).
Será de apelar a Jesus Cristo, uma vez que os poderes do mundo tardam em resolver, ou acham-se impotentes, ou não querem resolver ? O problema é demasiado sério, o mundo caminha em selva e embustes. Daí falecerem as respostas, que são necessárias,… e urgentíssimas.
Este é o primeiro artigo de uma trilogia que continuará a ser publicada nas próximas quarta e quinta-feira."
Rogério Fernandes Ferreira
4 Comments:
Caro professor ,deste assunto parece que nem os analistas ,nem os jornalistas percebem.Mais grave foi o que aconteceu com os produtos alimentares,que parece já estarem a descer,mas sem reflexo nos preços ao público.Quem sabe o que se passa são os corretores,que estão no "floor" e sabem quais são as pressões da procura a curto e a longo prazo.E quem compra e quem vende..Através disso tomam posições compradoras ou vendedoras.Para eles ,quaisquer consequencias sociais não contam.No dia seguinte ,lá vêm os jornais "especializados"dar uma qualquer justificaçaõ,geralmente anedótica...
por cá nada de novo o petróleo está em alta como sempre o que não é novidade , novidade é sim que inalmente os especialistas ...digo os bestialistas já começam a sr postos em causa pois parece que as suas expectativas já não são fiáveis , bem pena que o movimento não seja ao contrário , por cá só se acredeita nos preços em alta e todas as gasolineiras em unissono com um centiminho ou menos de dferença tipo não chateias tu não chateio eu pois por um centimo ninguem frá a diferença , espantoso é o sr presidente da GALP quase chorar jurando que não há nenhum cartel para organizar os preços , claro que não há nenhum cartel então isso era lá possiv3el ou imaginável , pessoas tão altruistas e francas seriam incapazes de fazer isso aos outros , concluindo a conclusão a que se chega é que quando há uma subida aqui del Rei que é a subier , qando se verifica uma dedcida a roçar os 15 d´plres nada se passa no reino de Dª GalpilÂndia srão rumores só para a prejudicar porqu o petróleo está sempre caro para esta petrolifera ,para quando outro 25 masdesta vez sem cravos nas ponteiras dos canos uma coisa mais veridica mais revolucionária , ou como está na moda RADICAL .
O petróleo desce, a procura aumenta, o petróleo aumenta, a procura diminui, o petróleo desce .... ioioioioio E a galp só vai baixar o preço da gasolina daqui por umas semanas! Quando baixar, é esperar dois dias a ver se ainda baixam mais, depois é encher o depósito enquanto o preço está baixo.
Perante as imparáveis DESCIDAS do preço do petróleo, pergunto: QUANDO É QUE A GALP BAIXA O PREÇO DOS COMBUSTÍVEIS? ESTAMOS A BRINCAR, OU QUÊ? Ou será que temos todos cara de milionários? Quando é para subir o preço dos combustíveis é um instante!
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