sexta-feira, agosto 15, 2008

Fragilidades judiciárias

"O caso do pai que leva o filho para um assalto e que, por isso, é responsável pela trágica morte do menor teve desenvolvimentos reais que ultrapassam os limites da imaginação e que colocam a nu as fragilidades do sistema judiciário.

O pai foi presente a um juiz, apresentou identificação falsa, dizendo que era padrasto. Saiu em liberdade.

Pouco depois, alguém descobre que o José , afinal, era Sandro, um homem que fugiu da cadeia de Alcoentre. A descoberta foi tardia e o arguido já se encontrava longe do tribunal e não se deslocou para a morada que deu para o Termo de Identidade e Residência.

Há largos anos que andava livremente neste País. Já tinha sido diversas vezes identificado pelas autoridades policiais, mas sempre conseguira escapar com BI falso. Se não tivesse ocorrido a tragédia da morte de uma criança de 13 anos, os portugueses não saberiam que era possível um cidadão evadido andar normalmente a circular em Portugal. Depois de descoberto o embuste, fugiu continua a monte e não foi ao velório do filho. Ainda há muitas pontas soltas nesta história, como a de saber como é possível um cidadão tirar um Bilhete de Identidade verdadeiro com dados falsos. E também se desconfia de que os serviços prisionais não se tenham esforçado muito para capturar um evadido da prisão
."

Armando Esteves Pereira

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