segunda-feira, outubro 20, 2008

Diferenças? Notam algumas?

No sítio
Os bancos que operam em Portugal podem, a partir de terça-feira, aceder às garantias de até 20 mil milhões de euros disponibilizadas pelo governo.
A lei que cria a possibilidade de concessão extraordinária de garantias pessoais pelo Estado, no âmbito do sistema financeiro, até 20 mil milhões de euros, foi hoje publicada em Diário da República, entrando em vigor na terça-feira.
As instituições de crédito que queiram beneficiar deste regime de garantias terão que apresentar um «pedido de concessão» junto do Banco de Portugal e do Instituto de Gestão de Tesouraria e de Crédito Público (IGCP).
Posteriormente, essas duas entidades vão analisar o pedido e emitir uma «proposta de decisão» e uma análise do risco de crédito, cabendo depois ao ministro das Finanças emitir a autorização final, um processo que o secretário de Estado do Tesouro disse que deverá ser «célere».
A partir daí, caso façam, por exemplo, uma emissão obrigacionista, podem beneficiar da cobertura do Estado, o que significa que a emissão tem um menor risco e, por isso, um menor custo já que se o banco não conseguir cumprir os compromissos, o Estado assegura-os.
Depois da proposta do governo apresentada a 12 de Outubro, na sequência do conselho de ministros extraordinário, da sua discussão e aprovação no Parlamento na quinta-feira e da promulgação do Presidente da República na sexta-feira, as novas regras foram hoje publicadas em Diário da República.
De acordo com essa lei, o Estado português passa a ter a possibilidade de conceder, a título excepcional e no valor até 20 mil milhões de euros, garantias às instituições de crédito em operações de financiamento, como seja a emissão de obrigações ou papel comercial.
As novas regras, que têm como objectivo reforçar a estabilidade e promover a liquidez do sistema financeiro, prevêem que o «membro do governo responsável pela área das finanças defina, por portaria, os mecanismos de fixação e revisão das comissões a suportar pelas entidades beneficiárias da garantia, em condições comerciais «apropriadas».
Este regime tem um «carácter transitório», devendo manter-se em vigor «enquanto a actual situação o justifique», sendo omisso em relação à fixação de uma data limite para o seu termo.
Na Alemanha
Os bancos que recorrerem ao plano de salvamento do governo alemão terão de aceitar intervenções na política de negócios e de remunerações dos gestores, e pagar taxas por garantias ou injecções de capital.
Segundo o anúncio feito hoje, em Berlim, os salários dos gestores dos bancos intervencionados serão limitados a 500 mil euros/ano sendo cancelados pagamentos de bónus e de dividendos, disse o porta-voz do Ministério das Finanças, Torsten Albig, após uma reunião do executivo para aprovar os pormenores da execução do programa de resgate financeiro.
O plano ascende a EUR 480 mil milhões/ bilhões (mm/bi) - 400 mm/bi para garantias bancárias e 80 mm/bi para empréstimos a bancos em dificuldades. As verbas serão retiradas de um Fundo de Estabilidade dos Mercados Financeiros constituído com reservas do Bund (Federação Alemã) para evitar que a medida afecte o Orçamento de Estado.
O despacho governamental limita as injecções de capital a EUR 10 mm/bi por banco e a EUR 5 mm/bi para a compra de activos tóxicos.
O governo alemão reserva-se também o direito de intervir na política de negócios dos bancos intervencionados, e de examinar a respectiva sustentabilidade, nomeadamente quanto a produtos financeiros de risco.
Durante o período da intervenção, os bancos ficam proibidos de pagar dividendos a outros accionistas que não o próprio fundo de intervenção, revelou também o porta-voz.
Todas as intervenções serão sujeitas ao pagamento de taxas, e os bancos são obrigados a conceder empréstimos a pequenas e médias empresas.

13 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Merkel foi "dobrada". Afinal aonde pára o verdadeiro poder? Não são os governos, e tb não são a grande parte das empresa que estão nos mercados. A quem é que estes senhores respondem? O melhor é ficar calado.

segunda-feira, outubro 20, 2008  
Anonymous Anónimo said...

A Sra. Chanceler Angela Merkel tem toda a razão. O sistema financeiro mundial que se auto-regula, capitulou. Os barões do capital e seus ajudantes pensavam que, com a queda do Muro de Berlim e a implosão da União Soviética, podiam passar a roubar à vontade. Mais tarde ou mais cedo tinha que acontecer. Das duas uma: ou o actual sistema com a introdução de regras mais fortes, a respeitar por todos, tem salvação, ou então os inteligentes da economia, têm que estudar um novo sistema financeiro mundial mais transparente, mais justo para todos os países do mundo. Mas não se podem esquecer de uma coisa: os que andaram a gamar à grande, têm que ser identificados e punidos severamente. Hoje em dia, capitalistas honestos, já foram "chão que deu uvas".

segunda-feira, outubro 20, 2008  
Anonymous Anónimo said...

OS STATES 700 (dolares) A ALEMANHA 470 (euros), FAZENDO UMA REGRA DE 3 SIMPLES DÁ PARA VER ATÉ QUE PONTO A ALEMANHA E A EUROPA ESTÃO ENTERRADOS

segunda-feira, outubro 20, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Zé é provavelmente o autor do comentário mais idiota já aqui realizado. Os EUA vão intervir directamente no mercado com 700 mil milhões de dólares, enquanto que a Alemanha vai conceder garantias interbancárias. São acções distintas. A crise teve início nos EUA porque a situação se tornou mais grave neste país e foi depois exportada por via da grande quantidade de investimentos intercontinentais. Os EUA continuam a estar em pior estado do que a Alemanha.

segunda-feira, outubro 20, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Alguém que me explique qual é a diferença da Merkel para o Bush. Pelos vistos ambos fazem as mesmas coisas e usam os mesmos chavões ("o banco X é muito grande para falir").

segunda-feira, outubro 20, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Fim imediato da subvenção estatal aos bancos e instituições financeiras em dificuldades. O Estado (logo,o povo) não pode pagar pelas asneiras alheias. Está mal, enterre-se (não é o que "o mercado" sugere para quem está em dificuldades ?).

segunda-feira, outubro 20, 2008  
Anonymous Anónimo said...

não compreendo como em portugal somos todos ums sabichões, então o porque de todas as empresas publicas estarem todas falidas não á uma que não de prejuizo, agora até os militares

segunda-feira, outubro 20, 2008  
Anonymous Anónimo said...

O caro "V" que é aqui apologista de deixar os bancos cair não deve ter muitas poupanças. Se calhar tem apenas dívidas e acha que se o banco falir que estas magicamente desaparecem. Deixe-me só dar-lhe a triste notícia que um banco em falência vende as dívidas. Só os depósitos a prazo é que magicamente desaparecem. Parem de desejar a morte aos bancos, porque a queda de um banco traz principalmente prejuízos aos aforradores que aí depositaram as economias de uma vida de trabalho.

segunda-feira, outubro 20, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Esta é a pior crise financeira desde o "crash" de 1929. Já existem poucos que se lembram do que se seguiu: a "Grande Depressão"(e em consequência a subida do nazismo, fascismo, nacionalismo, comunismo e outros "ismos"...), terminando a brincadeira na II Guerra Mundial... É bom que se atalhe caminho e "não surjam homens e soluções providenciais", pois de contrário é toda a humanidade que está em risco. Tendo em conta isto "talvez tenha de se engolir as nacionalizações encapotadas"...

segunda-feira, outubro 20, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Grandes incompetentes e irresponsáveis com a mania das chicoespertices. Quando tiveram lucros brutais, á custa de vigarices e roubos eram os maiores, agora querem que o Estado, que sou eu e és tu que salvem estes vigaristas. Taxas disto e taxas daquilo, comissão disto comissão daquilo e muitos a mascar pastilha elástica (Bes) - Quer quer, Não quer - Azar! Eu lhes disse, é tudo uma questão de tempo! Enterrem-se! Não tenho pena nenhuma.

segunda-feira, outubro 20, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Isto era mais que previsivel o que está a acontecer, era alavancagens a mais, agora a solução é segurar isto tudo ( porque senão vamos todos junto com eles ) mas depois é punir severamente os responsáveis...!

segunda-feira, outubro 20, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Em 1975/76 o maluco do Vasco Gonçalves nacionalizou a Banca, foi um chorilho de frazes acerca do homem, irresponsavel, maluco, comunista, etc. Passados estes anos, a França, Bélgica, Holanda, talvez a Alemanha e se calhar vai Portugal também. Como é que vamos chamar a este nome sistema. Como vamos explicar à Geração que fez o 25 de Abril que afinal as Nacionalizações não eram assim tão pecaminiso. Lenine, Marx, Vasco Gonçalves, Alvaro Cunhal, voltem que estão perdoados.

segunda-feira, outubro 20, 2008  
Blogger Toupeira said...

Notícias perturbadoras dadas pelo Senhor Ministro da Segurança Social.
Só espero que a CGD não se tenha envolvido.
Terá que ser aplicada a Lei de responsabilidade extracontratual do Estado ao Governo e aos seus membros?

terça-feira, outubro 21, 2008  

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