Na crise que já é económica estão todos a navegar à vista
"Este ano, o FMI já reviu três vezes em baixa o crescimento para a economia portuguesa.
Há apenas alguns dias, nenhum economista acreditava que houvesse um corte significativo de juros este ano – ontem, depois do corte inédito do BCE, vários especialistas apontavam que até Dezembro será de esperar mais cortes. Há dois meses, o consenso de mercado sugeria uma estabilização da crise ou, pelo menos, para o fim da parte financeira. Agora, depois de mais uma semana especialmente negra, fala-se na continuação do problema de desconfiança nos mercados (e no contágio à economia real). Em resumo, apesar da torrente de informação que vai sendo produzida sobre a crise, ninguém – Governos, instituições e investidores – parece conseguir prever o que se irá passar no curto prazo. A incerteza total é a única certeza com que as famílias e as empresas podem contar – as opiniões que vão surgindo ajudam a compreender a crise mas, sobre o futuro, apenas permitem uma navegação perto da costa. Há ainda outra certeza, claro: a tão falada resistência da economia portuguesa à crise é ficção. O choque pode ser externo, mas o impacto é ampliado pelas insuficiências internas."
Bruno Faria Lopes
Há apenas alguns dias, nenhum economista acreditava que houvesse um corte significativo de juros este ano – ontem, depois do corte inédito do BCE, vários especialistas apontavam que até Dezembro será de esperar mais cortes. Há dois meses, o consenso de mercado sugeria uma estabilização da crise ou, pelo menos, para o fim da parte financeira. Agora, depois de mais uma semana especialmente negra, fala-se na continuação do problema de desconfiança nos mercados (e no contágio à economia real). Em resumo, apesar da torrente de informação que vai sendo produzida sobre a crise, ninguém – Governos, instituições e investidores – parece conseguir prever o que se irá passar no curto prazo. A incerteza total é a única certeza com que as famílias e as empresas podem contar – as opiniões que vão surgindo ajudam a compreender a crise mas, sobre o futuro, apenas permitem uma navegação perto da costa. Há ainda outra certeza, claro: a tão falada resistência da economia portuguesa à crise é ficção. O choque pode ser externo, mas o impacto é ampliado pelas insuficiências internas."
Bruno Faria Lopes
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