quarta-feira, outubro 22, 2008

Num ano o sistema bancário virá novamente a repetir tudo

O governador do Banco de Inglaterra, Mervyn King, admitiu ontem que a crise financeira global deverá empurrar o país para uma recessão, num discurso proferido em Leeds, durante uma cerimónia com empresários britânicos.
King manifestou a convicção de que o preço dos imóveis continuará a cair e admitiu a continuação da depreciação da libra.
O discurso foi interpretado por analistas como o “mais pessimista” desde a tomada de posse do governador, em 2003. “Estamos longe do patamar da estabilidade. (…)
Porém, estou convencido que o plano para recapitalizar o sistema bancário irá dar frutos quando ultrapassarmos os problemas da crise bancária iniciada no ano passado”, afirmou King.
MRA Dep. Data Mining
Os ingleses estão muito confiantes, desde que Blair anda nas conferências, tal como Greenspan, tudo passa por eles como se não tivessem feito nada, não vão ser canonizados porque a religião de um e de outro não admitem santos, por cá os santos da casa , fazem milagres... de marketing, graças à Censura ou Exame Prévio dos colunistas de serviço.
A omissão acerca dos fundos da Segurança Social é vergonhoso.
A omissão em relação à alteração das regras contabilisticas na elaboração do OE não tem classificação.
O volume do crédito malparado registou, em Agosto, a maior subida de sempre no segmento dos empréstimos às empresas e o maior agravamento dos últimos seis anos no crédito às famílias, segundo o último boletim estatístico do Banco de Portugal (BdP).
A concessão de crédito aos particulares (valores ajustados) também dá sinais de que a crise chegou ao maior dos negócios bancários: o total cresceu apenas 6,8% em termos homólogos, tendo avançado 6,2% no segmento da habitação, naqueles que são os registos mais fracos da série divulgada pelo banco central que remonta ao início de 2001.
Os dados do BdP mostram que no segmento do crédito empresarial o incumprimento disparou 36,8% nos primeiros oitos meses deste ano (até Agosto) face ao mesmo período do ano passado - um volume recorde na série estatística do banco central.
Nas famílias, o agravamento do malparado foi de 26,5%, o maior desde 2002.
A forte subida das taxas de juro Euribor, a quebra do poder de compra dos particulares e empresas dispararam os incidentes de crédito, desde finais de 2007, fruto do impacto da crise de crédito importada dos Estados Unidos.
Segundo o BdP, o malparado das famílias subiu para os EUR 2,8 mil milhões.
Assim, também a relação incumprimentos vs. crédito concedido galgou para os 2,1%. O malparado das empresas vale agora cerca de EUR 2,4 mil milhões, o que corresponde a um rácio de 2,2% do total, o mais elevado desde início de 2004.
O crédito às empresas está a crescer a um ritmo superior a 11% ao ano, mas nos próximos trimestres deverá baixar.
O novo ciclo do dinheiro caro e escasso deverá afectar os investimentos, público e privado, o mercado de emprego e, inevitávelmente, o consumo.
MRA Dep. Data Mining

11 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Não será que o que ocorre é uma crise económica que no seu caminho fez implodir o sistema finaceiro internacional ? A dita economia real foi sustentada pelo sistema finaceiro que teve que ir buscar recursos à economia virtual. Sem economia virtual o que resta da economia real é o que agora se vai apurar...

quinta-feira, outubro 23, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Eu concordo que as medidas tomadas pela UE e em especial pelo governo português foram, finalmente, um tiro na mouche. Mas vou discrepar de outras afirmações do artigo. Ao deixar cair o Lehman Brothers o governo americano criou um problema à Europa e ao resto do mundo que ainda vai dar muito que falar. Ha milhoes e milhoes de Euros de pequenos aforradores (muitos pensionistas) que foram por agua abaixo. E como é? Não ha responsáveis? Os EUA não têm obrigação de cobrir estas aplicações? Isto ainda vai dar muito que falar. Ainda estamos no inicio. Outro problema é o dos incríveis fundos financeiros que por aí andam a dar cabo do sistema. Veja o preço do petroleo. Ainda acham que resulta simplesmente da oferta e procura normais?

quinta-feira, outubro 23, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Compreendem-se as formulações expostas no artigo e a possibilidade de se retirarem dele algumas cautelosas recomendações. Há dias, já não recordo a que propósito, referi que o livre mercado subsiste duma entidade e personalidade próprias que resulta da sabedoria do todos os povos. Tal como se encontra hoje com o avançar de todos os progressos e a evolução de novos parceiros dentro da filosofia do seu campo de acção, ao mesmo tempo que se alteraram substancialmente os custos de produção e escasseiam as matérias potenciais que movem a dinâmica dos seus esforços,o mercado aproximou-se mais perigosamente e move-se paralelo à linha que separa o possível do impossível. Porque tem de acreditar-se ser uma entidade sábia e sensível, e é,reagindo segundo vontades e pressões de maquinismos dominados pelo humano,são extremamente tão complexas as leituras antecipadas das suas reacções, como as do desabar da perfeição do seu correcto funcionamento e das consequências mais ou menos devastadoras que por essa forma, seguidamente, arrasta consigo. O mercado exige regras, equilíbrio e respeito para se fortalecer e distribuir as devidas compensações proporcionadas pela preferência da sua existência. Alguém desprezou isso! Está à vista. Agora rumores e especulações vão continuar a existir. Sempre. Aliás, são formas mais ou menos úteis de avaliar do exterior o seu funcionamento, resistências positivas ou negativas à compensação e retribuição. Em suma, é um jogo. Perfeito. Com regras. Por sua vez a imprensa, deve dizer a verdade. Só isso. O mercado agradece por ser superiormente poderoso.

quinta-feira, outubro 23, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Qual crise ? Daqui por 10 anos, teremos outra ! O camarada Greenspan defendia os "derivados sem controlo" e tinha uma plateia de "analistas, especialistas, economistas e outros artistas" de boca aberta. Onde está Greenspan ? Vamos estar de mãos atadas durante 5 anos e entalados até ao pescoço. Só por esta balbúrdia financeira, o camarada Bush "merece" uma estátua e 1 medalha !

quinta-feira, outubro 23, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Nao ha duvida de que o poder politico, particularmente na Europa,tem sido lento a tomar as decisoes que ha muito se impunham para forcar o sector financeiro a funcionar numa postura menos "self serving"(gananciosa!).No entanto nao deve ser ignorado nem minimisado o papel que a media- os jornalistas !,jogaram neste autentico "swindle" gigantesco.Se nao havia o necessario conhecimento publico de como isto estava a contecer(ha muito tempo!)e essa falta de percepcao publica permitiu que chegassemos a esta situacao,isso se deve em grande parte, a media.Por razoes que os jornalistas melhor conhecem,a media foi nao so o destribuidor dos "analgesicos" com que a opiniao publica foi mantida ignorante da ignomia de muitas das praticas do sector finaceiro como, em muitos casos, beneficiou desse "trabalho".Sabendo como todos sabemos, como em democracia, o poder politico e sensivel a opiniao publica,nao foi despicienda a influencia condicionante que a media teve na capacidade decisoria dos politicos europeus.Escamotear esta realidade e sacodir a "agua do capote" nao e la muito abonatorio nem contribui pra reabilitar a credilibilidade da media em geral.Esta crise foi ,em grande parte, o resultado de politicas economicas/financeiras que eram demontradamente insustentaveis, e nisso Londrese a sua Praca tem a sua quota parte de rseponsabilidade,nao ira ser resolvida so com maior liquidez.Ha que mudar o paradigma de funcionamento financeiro.Vai isso acontecer? Quanto ao OE a presentar , muito do que acima dizemos tambem tem aplicacao em Portugal.Ignorar o muito que o actual governo fez para proteger Portugal do pior da actual crise so o futuro o mostrara.Nao reconhecer e negar isso e nao ter aprendido nada com a crise.

quinta-feira, outubro 23, 2008  
Anonymous Anónimo said...

1. Infelizmente muita gente responsável ainda não percebeu bem a NATUREZA e a EXTENSÃO da "crise". 2. Alguns politicos depois de negarem a "crise", passaram a admiti-la mas dizendo que ela não afectava o Estado A ou B, depois já admitiram algum impacto nos seus Estados e irão mudando de posição, conforme eles julgem os resultados das sondagens. 3. É evidente que a "crise" é global e exige respostas globais. 4.O mais caricato é que os adversários da Europa, que se opunham ao EURO e ao Tratado de Lisboa, agora dizem que a UE-27 não estava preparada para esta "crise". Curiosamente, os analistas americanos reconhecem frontalmente o papel do EURO no fim do efeito de assimetria que beneficiava os EUA, e até o novel Prémio Nobel da Economia elogiou a rapidez da implementação do plano do Sr. GORDON BROWN,especialista em matérias financeiras em comparação com a lentidão do plano americano. 5. Um Portugal fora da Zona Euro, com o brutal peso da divida externa ( muito pesado serviço da dívida) que pagaremos no Dia de São Nunca à Tarde ,com uma economia frágil e periférica, rapidamente entraria em colapso, para gaudio de alguns. 6.Quando o Sr. Gordon Brown PUBLICAMENTE defende um "NOVO BRETTON WOODS" que adapte o SISTEMA FINANCEIRO GLOBAL às novas realidades globais( mundo multipolar com transferencia da poupança,da inovação, da pesquiza,etc, para a EUROASIA),ele está a reconhecer que se entrou numa NOVA FASE DA GLOBALIZAçÃO, com ascenção da RP CHINA, da INDIA,e de outros Estados emergentes. 7. Esta "crise" devia alertar todos para a necessidade de regeitar uma economia baseada em obras faraónicas sem real retorno,sem footboladas( já bastam os 10- Estadios- 10) e em que haja QUEM RESPONDA SEMPRE por cada euro mal aplicado.Sejamos exigentes com aqueles que AVALIAM os investimentos e responsabilizemos os seus patrimónios pessoais pela má alocação dos dinheiros nacionais. ACCOUNTABILITY !!!

quinta-feira, outubro 23, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Snr. Ze , então agora os media é que são os maus da fita!!!. Parece-me um pouco descabido. Na sociedade, cada organização tem o seu lugar, de acordo com as necessidades por ela sentidas, para o seu bom funcionamento. E o objectivo específico de controle das situações que deram origem ao que se está a passar não é propriamente dos media. Não venha cá querer branquear as culpas dos políticos, estes sim , os autênticos responsáveis do que se está a passar. E essa homenagem ao governo quanto a mim é descabida. Ninguém me convence que outro governo de outra cor, não tivesse feito o mesmo ou melhor. Por favor, comentar não obriga forçosamente a bajular os governos e os partidos que os apoiam.

quinta-feira, outubro 23, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Mesmo após todas as injecções de milhões e milhões, não é certo que a "bendita crise" made in USA, com o subprime e os produtos tóxicos, já tenha sido devolvida pela União Europeia. É verdade que eu, não sou um brilhante economista, uso óculos. Talvez seja por isso que ainda "não estou a ver qualquer luz" ao fundo do túnel. Sou dos europeus que continuam rebolando na cama, como dizia a Dra. Rita, jurista, e só vejo, por enquanto, confusão. Se o actual sistema financeiro não for alvo de significativa regulação, penso que a roubalheira dos inteligentes da banca e seus ajudantes continuará.

quinta-feira, outubro 23, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Olhe que nao! E obvio que nao leu com atencao ou nao (quiz....) compreendeu o que eu disse!Paciencia! E o que acontece quando se permite que ideias pre concebidas tomem o lugar da analise. Sobre este assunto muito mais havia a dizer,mas este nao e o lugar para tal.

quinta-feira, outubro 23, 2008  
Anonymous Anónimo said...

O inicio do fim desta pequenina crise. O pior está para vir. Isto de se acudir a empresas privadas à pála dos contibuintes é um perfeito disparate. Comprar e Nacionalizam Instituições Financeiras, Compar os tais activos perigosos, nacionalizam mesmo bancos. Mas afinal em que raio de economia de mercado estamos?! É só para os Ricos e poderosos se poderem manter ?! E ainda por cima à conta do orçamento. Estas medidas intervencionistas são paleativos pois o mercado ou é liberal e neo-liberal para todos ou para ninguém. Por um lado liberaliza-se as relãções laborais mas por outro tem-se em mira politcas keynesianas de intervnçaõ tipicas de um pós guerra quando tal não aconteceu. O que se tem de fazer é exactamente nao fazer nada se os bancos e companhia forem à falência que vão pois afinal onde para o tal estado quando uma pequena empresa para conseguir um financiamento não o consegue ou se o consegue o consegue por prazos muitissimos curtos com todas as garantias e mais algumas? Se as Financeiras precisam de Liquidez que a vão buscar aos accionistas não aos contribuintes não ao estado e não venham com desculpas de maus pagadores. Isto é uma grandessissima pouca vergonha.

quinta-feira, outubro 23, 2008  
Anonymous Anónimo said...

O colapso do USD durante o verão de 2009, aqui: http://halturnershow.blogspot.com/

+ aqui: http://www.youtube.com/watch?v=ge2J2lNusJs&eurl

quinta-feira, outubro 23, 2008  

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