sábado, dezembro 06, 2008

Oásis

"E ora aqui está, quiçá inspirado em anteriores miragens, o oásis do Governo do PS prometido aos beduínos e respectivos camelos: “As famílias portuguesas podem esperar ter um melhor rendimento disponível em 2009”.

Apesar das crises, da imanente crise nacional mais a emergente crise internacional, o Governo do PS promete para o ano que vem defesa do emprego, inflação mais baixa, ganhos no poder de compra, para além das esperadas baixas nas taxas de juro dos créditos à habitação e nos preços dos combustíveis. O oásis do Governo do PS vai permitir aos 700 mil funcionários públicos, contingente eleitoral nada negligenciável, ganhar “como não ganhavam há muitos anos”. Pode mesmo dizer-se, ganhar como não ganhavam desde que o PS chegou ao governo e congelou salários e promoções. Mas o que lá, lá vai. Mais importante é o que lá vem, em 2009.

Na década de 90, um ministro PSD das Finanças julgou ver no horizonte o oásis e prometeu-o aos portugueses. Mas enganou-se. Foi uma ilusão de óptica, derivada da maneira de ver do ministro. Era apenas uma refracção que invertia a realidade do país. Já este século, um primeiro-ministro PPD/PSD de passagem proclamou o fim da austeridade que, mais que o oásis, representaria o paraíso na terra, com pão e circo para todos. Talvez mais circo que pão. Também se equivocou e o equívoco valeu-lhe o cognome de “má moeda”. Agora, é de novo o oásis que o Governo PS anuncia, embora sem dizer a palavra mágica, para não parecer propaganda eleitoral do mais demagógico quilate.

Está-se bem na crise em Portugal. Não estamos muito longe da promessa de “bacalhau a pataco” ou até mesmo de salários para as donas de casa, de que o PS foi o apóstolo, paladino e parlapatão
."

João Paulo Guerra

1 Comments:

Blogger Toupeira said...

Porra...
O homem do PSD esteve como palhaço do circo uns míseros meses e este em décadas lembra-se de dois, esqueceu o principal responsável, cabeça de pincel que exercia como PR a tutela de um governo abandonado por outro que está em Bruxelas, espera-se que de saída.
O Sr João Paulo faz lembrar aqueles mar e guerra que são mais mar que guerra.

sábado, dezembro 06, 2008  

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