O SENTIDO DAS DESPROPORÇÕES
"Apesar de tudo, e o tudo não é pouco, nós, os ocidentais da Europa e da América, somos uns privilegiados. Por cá, ainda não se vive no medo colectivo e diário da morte, que pode chegar a qualquer momento e sob qualquer forma: os explosivos que embrulham a senhora sentada ao nosso lado no autocarro, os mísseis que caem sobre o nosso quintal e, um plausível dia, as armas nucleares construídas para nos erradicar da superfície terrestre.
Os israelitas vivem assim há demasiados anos sem que a sensível "comunidade internacional" se importe. Não há memória de manifestações significativas em prol do direito de Israel à paz. As manifestações, as vigílias e a indignação do mundo só irrompem para condenar os "massacres" cometidos pelos "sionistas", que ocasionalmente se cansam de sofrer em recato o passatempo dos psicopatas em seu redor.
A "opinião pública" vê cada "massacre" de duas maneiras: enquanto ofensiva, o que omite os actos criminosos que os provocaram, ou enquanto reacção, o que admite a provocação prévia mas considera a resposta "desproporcionada". Escusado repetir que o critério da proporção não é tomado em conta nos ataques regulares de que Israel é alvo, nem nas tréguas e acordos que os seus inimigos infringem, nem na essência racista e totalitária destes, nem nos respectivos métodos.
Os actuais acontecimentos na Faixa de Gaza são, portanto, um novo "massacre", que surgiu da pura maldade ou, na hipótese branda, que não observou as regras da equivalência, já de si um conceito curioso nas relações entre um bando de assassinos e uma democracia. Os relatos "isentos" do conflito praticamente se limitam a inventariar as baixas "civis" do lado palestiniano. Um espírito menos crédulo tenderia a duvidar dos números avançados por uma organização tão fiável quanto o Hamas, ou do facto de todas as vítimas serem, estranha e aparentemente, "civis". A generalidade dos "media" ocidentais, porém, aceita as informações de bandos terroristas com a mesma candura que, "massacre" após "massacre", engole os "feridos" e os "mortos" fabricados para fins de propaganda e os cadáveres autênticos agitados em lindas sessões de selvajaria colectiva.
De resto, quase ninguém menciona o óbvio. Porque é que um míssil do Hamas numa escola em Beersheba não faz vítimas e um ataque israelita mata, alegadamente, quinze pessoas numa escola em Gaza? Porque a escola israelita estava vazia e a palestiniana não. Porque Israel destina as escolas ao prosaico ensino e o Hamas transforma-as em arsenais. Porque Israel protege os israelitas e o Hamas usa os palestinianos como um pechisbeque macabro e emocional. E é isto que não é proporcional.
Não é proporcional que as forças armadas israelitas telefonem a alertar os civis de Gaza para os bombardeamentos e o Hamas os concentre sob as bombas. Ou que Israel queira reduzir as baixas adversárias e o Hamas se esforce por potenciar as próprias. Ou que uma parte da "comunidade internacional" condene os que desejam sobreviver e estime os que incluem o extermínio nos seus estatutos. Não vale a pena discutir se o ódio que une extremistas da esquerda e da direita é anti-sionismo ou anti-semitismo. Vale ter em conta a má-fé que se dedica a um país e a um povo, uma má-fé recorrente e, claro, imensamente desproporcionada"
Alberto Gonçalves
Os israelitas vivem assim há demasiados anos sem que a sensível "comunidade internacional" se importe. Não há memória de manifestações significativas em prol do direito de Israel à paz. As manifestações, as vigílias e a indignação do mundo só irrompem para condenar os "massacres" cometidos pelos "sionistas", que ocasionalmente se cansam de sofrer em recato o passatempo dos psicopatas em seu redor.
A "opinião pública" vê cada "massacre" de duas maneiras: enquanto ofensiva, o que omite os actos criminosos que os provocaram, ou enquanto reacção, o que admite a provocação prévia mas considera a resposta "desproporcionada". Escusado repetir que o critério da proporção não é tomado em conta nos ataques regulares de que Israel é alvo, nem nas tréguas e acordos que os seus inimigos infringem, nem na essência racista e totalitária destes, nem nos respectivos métodos.
Os actuais acontecimentos na Faixa de Gaza são, portanto, um novo "massacre", que surgiu da pura maldade ou, na hipótese branda, que não observou as regras da equivalência, já de si um conceito curioso nas relações entre um bando de assassinos e uma democracia. Os relatos "isentos" do conflito praticamente se limitam a inventariar as baixas "civis" do lado palestiniano. Um espírito menos crédulo tenderia a duvidar dos números avançados por uma organização tão fiável quanto o Hamas, ou do facto de todas as vítimas serem, estranha e aparentemente, "civis". A generalidade dos "media" ocidentais, porém, aceita as informações de bandos terroristas com a mesma candura que, "massacre" após "massacre", engole os "feridos" e os "mortos" fabricados para fins de propaganda e os cadáveres autênticos agitados em lindas sessões de selvajaria colectiva.
De resto, quase ninguém menciona o óbvio. Porque é que um míssil do Hamas numa escola em Beersheba não faz vítimas e um ataque israelita mata, alegadamente, quinze pessoas numa escola em Gaza? Porque a escola israelita estava vazia e a palestiniana não. Porque Israel destina as escolas ao prosaico ensino e o Hamas transforma-as em arsenais. Porque Israel protege os israelitas e o Hamas usa os palestinianos como um pechisbeque macabro e emocional. E é isto que não é proporcional.
Não é proporcional que as forças armadas israelitas telefonem a alertar os civis de Gaza para os bombardeamentos e o Hamas os concentre sob as bombas. Ou que Israel queira reduzir as baixas adversárias e o Hamas se esforce por potenciar as próprias. Ou que uma parte da "comunidade internacional" condene os que desejam sobreviver e estime os que incluem o extermínio nos seus estatutos. Não vale a pena discutir se o ódio que une extremistas da esquerda e da direita é anti-sionismo ou anti-semitismo. Vale ter em conta a má-fé que se dedica a um país e a um povo, uma má-fé recorrente e, claro, imensamente desproporcionada"
Alberto Gonçalves
2 Comments:
JUDEUS E HAMAS
«Foram organizadas eleições livres nos territórios palestinianos, reconhecidamente livres pela dita comunidade internacional. Para espanto dela, o HAMAS ganhou as eleições e logo foi considerado uma organização terrorista com quem não se podia dialogar. Com quem pode Israel dialogar afinal? (...) Deve também dizer-se que quem violou a trégua entre Israel e o HAMAS foi Israel pois não cumpriu a sua parte do acordo que era levantar o bloqueio a Gaza. E durante a trégua Israel assassinou 49 palestinianos na Faixa de Gaza sem um único rocket do HAMAS.(...)É preciso, honestamente, olhar para trás e verificar o que se passou desde 1948. Infelizmente a memória das pessoas é fraca e talvez já não se recorde de todos os atentados terroristas cometidos pelos judeus (o povo eleito) contra os ingleses durante o mandato britânico na Palestina. Só a explosão do Hotel King David, em Jerusalém provocou cerca de 100 mortos! E quem fez o Hotel ir pelos ares não foram os palestinianos, mas os judeus, para apressar a criação do Estado de Israel.»
PUBLICADA POR JOÃO GONÇALVES EM 3.1.09 9 COMENTÁRIOS HIPERLIGAÇÕES PARA ESTA MENSAGEM
ETIQUETAS: ISRAEL, PALESTINA
"Hamas gunmen fired a barrage of rockets and mortar shells at Israel from the northern Gaza Strip on Tuesday morning, security officials said.
Hamas' military wing, the Izz el-Din al-Qassam Brigades, claimed responsibility for the attack, saying that a five-month ceasefire with Israel along the Gaza border "no longer exists,"
http://www.ynetnews.com/articles/0,7340,L-3391429,00.html
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