domingo, fevereiro 01, 2009

Eu também não, mas é melhor ler o que escreve, porque se ajoelha…

Reza o artigo do DN:
Nunca fui à cara com os bifes. Comecei a olhá-los de lado na noite de 26 de Julho de 1966 (tinha eu dez anos), quando vi o Eusébio a deixar o relvado de Wembley a limpar as lágrimas à camisola que eu sabia ser grenat mas aparecia a preto no ecrã do televisor Nordmende que o meu pai comprou, a prestações, para vermos os "Magriços" no Mundial de Inglaterra.Não tenho a mínima dúvida de que fomos gamados naquela meia-final e que os ingleses foram levados ao colo até ao título.
Esta primeira e má impressão dos ingleses foi-se esbatendo à medida que fui sendo apresentado ao estilo Carnaby Street, à música dos Kinks, Beatles e Stones, à cultura pop e às minis-saias de Mary Quant.
Tudo voltou a piorar à medida que fui aprofundando os meus conhecimentos de história. O Tratado de Windsor (assinado em 1386 entre Portugal e Inglaterra), pode ser a mais antiga aliança diplomática ainda em vigor, mas foi um péssimo negócio para nós.
Bem vistas as coisas, a Ínclita Geração de filhos (em particular Henrique e Duarte) que a inglesa Filipa de Lencastre educou e deu a Portugal foram o que de mais lucrativo extraímos destes seis séculos de aliança idealizada por D. João I.
A histórica fragilidade da indústria portuguesa mergulha as suas raízes no Tratado de Methuen (1703), que escancarou as nossas portas aos lanifícios ingleses. As exportações de vinhos portugueses para Inglaterra foi uma fraca contrapartida - como eles estavam em guerra com os franceses, não tinham muitas alternativas de abastecimento…
Mas a grande facada que a pérfida Albion nos espetou nas costas foi o ultimatum de Janeiro de 1890, que feriu de morte a nossa monarquia.D. Carlos aceitou as exigências britânicas e renunciou ao mapa cor-de-rosa (que consistia na ocupação do actual território da Zâmbia ao Zimbabwe, ligando Angola a Moçambique).
Esta humilhação desencadeou uma vaga nacional de indignação patriótica, que tinha como hino A Portuguesa, com um poema de Henrique Lopes de Mendonça que concluía com o apelo explícito: "contra os bretões/marchar, marchar".
Mais tarde, quando a República escolheu esta canção para hino nacional, os "bretões" transformaram-se em "canhões".
Com aliados como os ingleses não precisamos de inimigos. Aturamos as hordas de ingleses bêbados em Albufeira. Aguentamos com uma paciência infinita o circo internacional que montaram a propósito da Maddie. Fazemos ouvidos de mercador aos remoques de mau gosto e péssima educação da imprensa londrina.
Quando tomei conhecimento da carta rogatória britânica onde se refere que o nosso primeiro- -ministro "terá solicitado", "terá recebido" ou "terá facilitado" (ou, digo eu, "terá ido tomar café", "terá ido dar banho ao cão"...), o licenciamento do Freeport, fiquei logo com vontade de propor que os "bretões" voltem a substituir os "canhões" .
PS. Vou sugerir ao Luís Pedro Nunes que o Inimigo Público envie um repórter a Inglaterra para investigar o que Manuela Ferreira Leite andou por lá a fazer quando alegava que estava a visitar o neto.

Luís Fiel

Quando li o artigo pensei que se estava a referir à pouca consideração que os Ingleses sempre por nós tiveram, habitualmente roubavam-nos, saqueavam e matavam, sem olhar a quem e com os olhares complacentes dos seus governantes e chefes militares, já não digo, os piratas ao serviço de sua Majestade, que saquearam o Algarve, e lá em Inglaterra, numa biblioteca, conservam espólios de grande valor roubados e nunca entregues, que D.Pedro V, antes de ser Rei de Portugal, visitou e neles não reparou, que eram património português.
O Senhor Fiel com um P.S. no fim, pensei de facto que queria voltar os canhões contra os bretões por causa da perseguição feita aos portugueses, que lhes roubam os empregos, pelas matilhas de ingleses (que decidiram trabalhar, porque já não há dinheiro para subsídios em £), devidamente condicionados pelos inefáveis sindicatos, e, não por causa de uma carta já tornada pública, ao que parece, na gaveta durante anos.
Deveria ficar furioso contra quem deve, contra a justiça que não existe, contra os advogados deste estado com minúscula, contra todo um governo que defende uma coisa, só porque o chefe lhes pede e não é assunto deles, a não ser que tenham tido acesso aos processos e ou, a informações e informadores que decerto, (coisa na qual não creio), lhes juraram a pés juntos que o homem não recebeu nem um tostão, ou melhor, que nunca iria ser condenado, mas sim glorificado e vitimizado como convém, em tempo de eleições, essa coisa inventada para os parvos que julgam que com o voto a coisa vai.
Trata-se de facto de xenofobia, os ingleses só nos tratam bem quando por cá andam e baixam o focinho para nos perguntar onde fica tal sítio. ..
Coisas... Gosto mais da inglesas se forem alguma coisa de jeito.

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