O Zoo de Nova Iorque, os despedimentos e as empresas
"Há dias, o responsável do Zoo de Nova Iorque lembrava que na Grande Depressão, em que muita gente passou fome, aquele espaço fechou portas. Razão? Um Zoo não pode "despedir" animais.
Ou melhor, pode "despedir" uma rã ou um porco espinho, mas não pode largar na rua animais perigosos. Nem mesmo em momentos de profunda crise económica.
Solução? Em alturas de vacas gordas, quando apetece expandir e "contratar" novos animais, a equipa de gestão não se esquece de algumas perguntas. Uma delas é, paradoxalmente, óbvia: se as pessoas deixarem de vir ao Zoo, como é que se mantém os animais?
Num tempo em que as empresas despedem às dezenas de milhar, vale a pena os gestores atentarem neste raciocínio. E importarem a técnica da "contratação" de animais... para a contratação de pessoas. É claro que não se pode levar este exercício ao exagero, porque há despedimentos que são inevitáveis (se não forem feitos, podem pôr a empresa em perigo). Mas se os gestores fossem mais cuidadosos nos momentos de euforia, muitos despedimentos seriam evitados. Bastava que antes de decidir fizessem a mesma pergunta dos gestores de zoos: E quando vierem as dificuldades económicas como é que vamos manter os contratados?
P.S. - Jerónimo Martins, Sonae e PT não vão despedir pessoas este ano. Pressão da opinião pública, do poder político ou do marketing? Pouco interessa: desde que não despeçam..."
Camilo Lourenço
Ou melhor, pode "despedir" uma rã ou um porco espinho, mas não pode largar na rua animais perigosos. Nem mesmo em momentos de profunda crise económica.
Solução? Em alturas de vacas gordas, quando apetece expandir e "contratar" novos animais, a equipa de gestão não se esquece de algumas perguntas. Uma delas é, paradoxalmente, óbvia: se as pessoas deixarem de vir ao Zoo, como é que se mantém os animais?
Num tempo em que as empresas despedem às dezenas de milhar, vale a pena os gestores atentarem neste raciocínio. E importarem a técnica da "contratação" de animais... para a contratação de pessoas. É claro que não se pode levar este exercício ao exagero, porque há despedimentos que são inevitáveis (se não forem feitos, podem pôr a empresa em perigo). Mas se os gestores fossem mais cuidadosos nos momentos de euforia, muitos despedimentos seriam evitados. Bastava que antes de decidir fizessem a mesma pergunta dos gestores de zoos: E quando vierem as dificuldades económicas como é que vamos manter os contratados?
P.S. - Jerónimo Martins, Sonae e PT não vão despedir pessoas este ano. Pressão da opinião pública, do poder político ou do marketing? Pouco interessa: desde que não despeçam..."
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