sábado, maio 16, 2009

Pedido de expulsão de Israel das Nações Unidas

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, fez um violento ataque contra Israel durante a Assembleia Geral da organização, na segunda-feira, em Nova Iorque, e anunciou que vai iniciar os procedimentos para solicitar a sua expulsão como Estado-membro por crimes de guerra e genocídio do povo palestiniano.
Por ocasião do 60º aniversário da ONU, Ban condenou a forma como foi feita a partilha da Palestina, em 1947, à revelia e contra a vontade das populações e povos árabes mas satisfazendo inteiramente os interesses sionistas.
De acordo com a transcrição do discurso publicada hoje pelo jornal News from Jerusalem, Ban sublinhou que “o terrorista para um país é o herói revolucionário para um outro .
Alguns insistem que os terroristas são contra a democracia, mas todos já vimos democracias comportarem-se como terroristas.”
O Secretário-geral citou a Resolução 273 da AG da ONU - nunca reconhecida pelo governo judaico - segundo a qual Israel foi admitido na organização “sob a condição de garantir a todos os palestinianos o direito de regressarem às suas casas e a serem indemnizados por perdas materais de acordo com o parágrafo 11 da Resolução 194, da Assembleia Geral.
É excusado dizer que Israel nunca cumpriu aquelas condições, nem nunca teve intenção de as cumprir.
Durante 60 anos, Israel violou as condições de adesão, e durante 60 anos a ONU nada fez. Limitou-se a assistir à forma como Israel infligiu repetidos sofrimentos ao povo da Palestina e violou impunemente o direito internacional.”
O “Plano de Partilha” da Palestina, segundo Ban, foi completamente ilegal e constitui uma violação da Carta da ONU, pois a organização “não tem o direito nem os poderes para tirar território a um povo para o dar a outro.”
O SG da ONU disse ser sua vontade restituir legitimidade política e moral à organização que, em seu entender, “não pode satisfazer os seus desígnios de paz e justiça enquanto fizer vista grossa a crimes de guerra - factos que acontecem sempre que é permitido a Israel violar os termos e condições de adesão [à ONU].”
Ban Ki-moon informou a Assembleia Geral sobre os seus futuros actos: “Como recém eleito Secretário-geral, prometo que a ONU não continuará a ter uma atitude passiva e facilitadora do genocídio. Por isso, vou pedir à AG para realizar uma sessão especial, tão rapidamente quanto possível, para retirar a Israel o estatuto de Estado-membro. (…) Uma vez que Israel está a violar as condições de adesão, pelo que não é um membro cumpridor, confere legitimidade à ONU para declarar nula e sem efeito a Resolução 273. Dado que a filiação de Israel depende da sua adesão àquela resolução a respectiva expulsão é automática.”
A finalizar, Ban Ki-moon rematou:
“Nada do que a ONU possa fazer terá valor enquanto este membro ilegítimo ocupar um lugar na Assembleia Geral. Eu quero que a ONU tenha mérito. Conto com o vosso apoio.”
Até hoje, o discurso do SG das Nações Unidas foi completamente ignorado pelos principais meios de comunicação do Ocidente e não mereceu qualquer comentário por parte dos líderes da comunidade internacional, nem do governo israelita.

2 Comments:

Blogger mfc said...

Há coisas que não interessam aos interesses ocidentais que apoiam declaradamenye as posições israelitas, embora tentem fazer passar uma posição diferente.

sábado, maio 16, 2009  
Anonymous Anónimo said...

E o genocídio da Turquia sobre os Arménios?

sábado, maio 16, 2009  

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