Crise que crise?
A situação económica antes da crise era estruturalmente má.
A má distribuição da riqueza.
Os ricos eram e são imensamente ricos e depois da era Bush a coisa tornou-se escandalosamente pornográfica.
400 indivíduos detêm cerca de 70% do PIB americano. É claro que esta gente não compra pão com a mesma dificuldade de um pobre, ou precisa do que precisa, assim investem em bens de luxo, em meios de produção, em commodities ou em novos projectos.
As estruturas empresariais estavam classificadas por empresas de notação que se vieram a mostrar muito pouco fiáveis para não chamar outra coisa.
Os auditores vigarizavam os resultados, parece demasiado?
A verdade custa.
Os bens cotados em bolsa e as bolsas estavam entegues a vigaristas como se veio a provar depois, é claro que ninguém foi julgado, excepto um indivíduo que é capaz de estar preso por ter feito um esquema onde enganou gente poderosa, mas a prisão deve ser tipo palácio, como Capone, nos tempos idos da Depressão.
A grande fraqueza foi a compra de grandes conglomerados e de fundos de investimento que se veio a verificar pouco valerem.
Os bancos como veio a suceder, entre nós também, cederam ao crédito fácil, culpa dos banqueiros centrais, o que não impede que um dos responsáveis, seja hoje considerado um herói porque conhece muito bem a crise de 1929, deveria ser condecorado em vez de ser nomeado novamente presidente do Fed, mas o mulato presidente sabe que quem manda são os banqueiros,( o Fed é controlado por eles) e o Estado Federal não manda.
Cá na Europa é igual não se preocupem.
Faliram muitos bancos e vão continuar a falir, excepto os , to big to fall e mesmo assim nem todos, apenas os do clube não caiem.
Depois a dívida colossal ao exterior em especial à China.
Já se falou da má informação acerca do estado das empresas, culpa das empresas auditoras e das que classificam os investimentos.
Assim, aquilo que se pensava ter valor real traduziu-se rapidamente numa queda das encomendas e aumento do desemprego.
Portanto uma doença que provoca uma crise com esta dimensão não passa com umas doses de aspirinas genéricas.
Não acreditem em estatísticas dos bancos centrais, são uma treta, e muito menos a coisas feitas ao trimestre, mas não desanimem, o voto resolve tudo.
2 Comments:
http://www.lawrei.eu/MRA_Alliance/?p=4498
Os preços no consumidor nos países da zona euro baixaram nos 12 meses até Agosto, descendo 0,2 por cento face ao mesmo período de 2008, num ritmo menos rápido do que em Julho passado, anunciou hoje o Eurostat, em Bruxelas.
Segundo os dados preliminares do gabinete de estatísticas da União Europeia, os números de Agosto marcam o terceiro mês consecutivo de queda da taxa de inflação. A tendência negativa começou em Junho com uma descida de 0,1 por cento.
No mês de Julho, os preços de consumo registaram uma quebra interanual de 0,7 por cento, um máximo desde a criação das estatísticas para a zona euro, em 1996.
Após o pico histórico de 4 por cento registado em Julho de 2008, a inflação manteve a tendência de queda para a qual contribuíram a baixa dos preços do petróleo e o agudizar da pior recessão económica, desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
Enviar um comentário
<< Home