Não havia necessidade
"Um divertido grupo de monárquicos trepou à histórica varanda da Câmara Municipal de Lisboa e substituiu a bandeira da cidade pelo símbolo da monarquia. É evidente que a gracinha deu uma trabalheira dos diabos aos seus autores.
Para além das reacções indignadas de algumas almas mais sensíveis às coisas da República e da polémica sobre a falta de segurança na cidade, importa dizer que a acção desencadeada na calada da noite foi totalmente desnecessária. Se o grupo de monárquicos tivesse falado com o presidente António Costa é certo e sabido que teria autorização para hastear a bandeira sem correr qualquer tipo de riscos. Físicos e penais.
É que o socialista está um autêntico mãos largas. Meteu o movimento de Helena Roseta nas suas listas às eleições de Outubro, manteve o acordo com o vereador José Sá Fernandes, garantiu o apoio de José Saramago a troco do pagamento de uma fita sobre a vida do escritor com a mulher e conseguiu juntar à sua volta um estranho grupo de individualidades que garantem ser intelectuais. Seria por isso muito natural que Costa esquecesse a ética republicana e autorizasse o grupo de monárquicos a animar este Agosto bem quentinho com a bandeira azul hasteada na Câmara. Porque nisto de votos não se olham a cores. E os azuis são iguais aos vermelhos."
António Ribeiro Ferreira
Para além das reacções indignadas de algumas almas mais sensíveis às coisas da República e da polémica sobre a falta de segurança na cidade, importa dizer que a acção desencadeada na calada da noite foi totalmente desnecessária. Se o grupo de monárquicos tivesse falado com o presidente António Costa é certo e sabido que teria autorização para hastear a bandeira sem correr qualquer tipo de riscos. Físicos e penais.
É que o socialista está um autêntico mãos largas. Meteu o movimento de Helena Roseta nas suas listas às eleições de Outubro, manteve o acordo com o vereador José Sá Fernandes, garantiu o apoio de José Saramago a troco do pagamento de uma fita sobre a vida do escritor com a mulher e conseguiu juntar à sua volta um estranho grupo de individualidades que garantem ser intelectuais. Seria por isso muito natural que Costa esquecesse a ética republicana e autorizasse o grupo de monárquicos a animar este Agosto bem quentinho com a bandeira azul hasteada na Câmara. Porque nisto de votos não se olham a cores. E os azuis são iguais aos vermelhos."
António Ribeiro Ferreira
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