sábado, janeiro 16, 2010

Um triste destino

"A poeira da propaganda começa a ser levada pelos fortes ventos de Inverno e a realidade cai em cima dos portugueses de uma forma cada vez mais brutal. Os tremendistas de ontem são os realistas de hoje, e os poucos optimistas que restam assumem posições patéticas de quem ainda não compreendeu que as políticas de plástico têm os dias contados. As verdades, nuas e cruas, aparecem de todos os lados.

As agências de rating alertam que Portugal está ameaçado de morte lenta e diversos economistas começam finalmente a libertar-se e a falar verdade aos cidadãos deste País. A dívida pública é enorme, o endividamento externo perigoso, o défice das contas do Estado dispara e o desemprego atinge níveis nunca antes verificados. O diagnóstico é terrível e a cura vai ser muito dolorosa. Os portugueses têm andado a viver acima das suas possibilidades e agora chegou o tempo de poupar a sério, a bem ou a mal, provavelmente a mal. Os mitos do Estado salvador, criador de riqueza e de empregos estão, felizmente, a ser desmascarados. Só a economia privada pode criar riqueza e trabalho. Portugal precisa de atrair investimento estrangeiro, mas para isso é preciso aumentar a produtividade e pôr a Justiça a funcionar. Sem estes dois factores o futuro será, como sempre foi, a emigração. Triste sina esta a dos portugueses
."

António Ribeiro Ferreira

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