quinta-feira, novembro 18, 2010

Em Maio de 2008, actaulíssimo... Alguém ligou? Barroso é um mordomo.

Catorze antigos altos responsáveis europeus, incluindo ex-primeiros-ministros ou ministros da Economia, criticam a presente “loucura financeira”, apelando à criação de uma comisão europeia que estude soluções para a crise, formas de combate às turbulências financeiras e de contenção dos riscos na UE.
Num texto publicado hoje no jornal francês ‘Le Monde’, intitulado “A loucura financeira não nos pode governar”, os antigos dirigentes afirmam que “é tempo de criar uma comissão de crise que agrupe representantes políticos de alto nível, antigos chefes de Estado e de Governo ou ministros das Finanças, assim como economistas de renome e peritos financeiros”.
Entre os mais destacados encontram-se ex-presidentes da Comissão Europeia, Jacques Delors e Jacques Santer, o ex-chanceler alemão Helmut Schmidt, antigos primeiros-ministros franceses, Michel Rocard e Lionel Jospin, e o antigo primeiro-ministro dinamarquês Poul Rasmussen.
Em sua opinião, o grupo deveria fazer “uma análise pormenorizada da crise financeira, identificar os riscos para a economia real, em particular na Europa e propor uma série de medidas ao Conselho da União Europeia”.
A actual crise financeira “mostra o fracasso dos mercados pouco ou mal regulados , mais uma vez, que estes não são capazes de auto-regulação”, sublinham os autores. “Os mercados financeiros são cada vez mais opacos”, acrescentam.
Por outro lado, denunciam os “produtos financeiros extremamente complexos, regimes de prémios inadequados, empréstimos hipotecários duvidosos”, considerando ser um “imperativo melhorar o controlo e o quadro regulamentar dos bancos”.
De acordo com o texto, a crise evidencia “as preocupantes desigualdades de rendimentos”. “O mundo das finanças acumulou uma fictícia massa gigantesca de capital que não melhora a condição humana nem o meio ambiente”.
Enfatizando tratar-se de uma questão ética e moral, os ex-líderes europeus dizem que a proposta visa “repensar as regras da finança internacional e trabalhar para um futuro melhor para todos os europeus.”

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

ministro explicou que a Cimeira da NATO implicava tão graves "ameaças terroristas" que se justificava a compra urgente de seis viaturas 'antimotim' para transporte de elementos policiais, ao custo de seis milhões de euros. Achei logo estranho: carros antimotim para fazer frente a ameaças terroristas? Mas já alguém ouviu falar de um motim de terroristas? (Imaginem a notícia na imprensa internacional: 'Lisboa, 21: terroristas da Al-Qaeda amotinados atacaram a cimeira da NATO em Lisboa mas foram repelidos pela polícia local, deslocando-se nos novos carros Cougar'. Sempre achei que este ministro tinha mais imaginação do que substância.

Depois, o ministro Rui Pereira anunciou no Parlamento que os carros seriam comprados por concurso e que não eram blindados mas apenas "com protecção balística". Segundo passo em falso: afinal, os carros foram comprados nos Estados Unidos por ajuste directo e são mesmo blindados, iguais aos que os americanos usam no Iraque e no Afeganistão para transportar tropas de combate - só que, nos nossos, na torre do blindado, em vez de um atirador com canhão, vai estar um PSP vigiando o motim terrorista. Assim sendo, ninguém percebe porque não foram usados outros blindados disponíveis, tais como os recentes e já mal afamados Pandur (será que tiveram medo que eles se avariassem em pleno motim?).

Mas, depois veio o pior: a "urgente aquisição" não estaria disponível a tempo da cimeira. Com sorte, talvez cheguem dois carros; com mais dinheiro gasto num transporte aéreo tipo-DHL talvez cheguem mesmo todos. Mas, como explicou um responsável da PSP, nunca chegarão a tempo de se poder ensinar os homens a manobrá-los e a cimeira é já para a semana. Há dias, com o ministro sentado ao seu lado com a sua melhor cara de ameaça terrorista iminente, o director-nacional da PSP, desculpou-se do atraso e explicou que não podiam garantir que quem lhes tinha garantido a chegada a tempo dos blindados cumprisse a sua promessa. Como? É assim que o Estado faz compras de seis milhões de euros - sem se garantir juridicamente contra o incumprimento do prazo por parte dos fornecedores? Só com promessas? Será preciso recorrer aos serviços do escritório do dr. Sérvulo Correia para fazer um simples contrato de compra e venda dependente do cumprimento do prazo por parte do vendedor?

A barraca não podia ser maior. O ultraje feito, num momento destes, a cidadãos que estão esmifrados até ao tutano por um Estado que assim gasta o dinheiro dos contribuintes não podia ser mais chocante. E, então, vá de congeminar uma saída blindada às arrecuas, a ver se pega: o novo brinquedo militar para uso da polícia civil vai servir depois, já que não serve para a cimeira da NATO, para "intervenções policiais" em bairros de risco, de grande criminalidade e droga, onde a PSP às vezes "é atacada com armas de guerra". A sério? A PSP vai passar a entrar de blindado militar na Quinta do Mocho ou no Bairro da Bela Vista atrás de assaltantes ou traficantes? Em que filme é que terão visto isso? Em que guerra civil é que se inspiram?

sexta-feira, novembro 19, 2010  

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