A senhora é tonta, critica divulgação de factos reais e vergonhosos?
Secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, teceu duras críticas à atitude da WikiLeaks de publicar documentos diplomáticos confidenciais, alguns portugueses. Obama ainda não reagiu, mas Washington está perturbado
Crítica a divulgação ou a verdade dos factos, critica a divulgação porque factos são factos e os jornais que publicam verificaram a veracidade, esta senhora é uma nódoa num país de flibusteiros em nome da liberdade e da democracia, também eram, assim os carrascos da Revolução Francesa, eis os novos jacobinos.
A Casa Branca procurou ontem minimizar o impacto da publicação de milhares de documentos confidenciais e secretos que enformam a sua diplomacia. Mais uma vez, a única superpotência mundial foi alvo de um ataque da organização WikiLeaks que, utilizando publicações dos EUA (The New York Times) e da Europa (Le Monde, El País, The Guardian e a revista alemã Der Spiegel), começou a tornar públicos, domingo, milhões de documentos americanos com impacto na diplomacia mundial - de Lisboa há 722 telegramas (ver página seguinte). E, em especial, na Administração democrata norte-americana.
Barack Obama, o Presidente afro-americano cuja eleição em 2008 animou todo o mundo, ainda não se pronunciou sobre o ocorrido. Mas um dos seus porta-vozes fez já questão de afirmar que "no mínimo, ele está descontente". Por contraste, a chefe da diplomacia dos EUA, Hillary Clinton, veio já a terreiro afirmar que as fugas da correspondência diplomática americana, orquestradas pela WikiLeaks, representam um "ataque à comunidade internacional". "Estas publicações não representam apenas um ataque contra os interesses diplomáticos americanos.
Elas representam também um ataque contra a comunidade internacional", afirmou a secretária de Estado de Obama durante uma breve conferência de imprensa.
Hillary Clinton foi ainda veemente em "condenar" a publicação dos documentos (entre os quais se encontram textos portugueses, ver texto ao lado), ao mesmo tempo que manifestou o "mais profundos pesar dos Estados Unidos quanto à divulgação de informações destinadas a ser confidenciais".
Os corredores do poder e os meandros da diplomacia não são propriamente desconhecidos para a secretária de Estado Hillary Clinton. Para alguma coisa lhe terão servido os oito anos em que foi primeira dama durante os dois mandatos do seu marido, o então presidente Bill Clinton.
Neste momento, portanto, a questão para muitos aliados dos Estados Unidos vai muito para além da publicação dos documentos: centra-se no próprio conteúdo do texto. Por outras palavras, muitos aliados não terão gostado de se ver retratados como tontos, hipocondríacos, ou mesmo animais de estimação em documentos confidenciais da única superpotência.
No momento, todos os governos estão a ser consonantes na crítica à atitude da WikiLeaks mas, tal como Hillary Clinton, sublinha, muita da confiança entre os aliados quebrou-se, ou, pelo menos, foi atingida. Há, portanto, que a recuperar. E esse vai ser o trabalho intenso e árduo que Hillary Clinton e Barack Obama vão ter de desenvolver a partir de agora.
Um antigo representante diplomático dos EUA em Berlim confidenciava ontem à revista Der Spiegel que tudo levará o seu tempo. "Alguns governos irão ser mais renitentes do que outros na sua aproximação a Washington mas tudo acabará por se recompor", garantiu. Optimismo de embaixador? Talvez. Porque o facto é que, como sublinha a Spiegel, nunca na história uma superpotência perdeu o controlo de uma tão grande quantidade de documentos com informação sensível. E nunca a credibilidade dos aliados nos EUA foi tão abalada.
A prova de que nem todos os aliados tencionam ficar sem uma explicação é a declaração do chefe da diplomacia turca, Ahmet Davutoglu, que já anunciou ir a Washington para falar com a sua homóloga sobre o assunto. Nos documentos publicados o primeiro-ministro turco, Tayyp Erdogan, é referido como suspeito de querer islamizar o país.
Crítica a divulgação ou a verdade dos factos, critica a divulgação porque factos são factos e os jornais que publicam verificaram a veracidade, esta senhora é uma nódoa num país de flibusteiros em nome da liberdade e da democracia, também eram, assim os carrascos da Revolução Francesa, eis os novos jacobinos.
A Casa Branca procurou ontem minimizar o impacto da publicação de milhares de documentos confidenciais e secretos que enformam a sua diplomacia. Mais uma vez, a única superpotência mundial foi alvo de um ataque da organização WikiLeaks que, utilizando publicações dos EUA (The New York Times) e da Europa (Le Monde, El País, The Guardian e a revista alemã Der Spiegel), começou a tornar públicos, domingo, milhões de documentos americanos com impacto na diplomacia mundial - de Lisboa há 722 telegramas (ver página seguinte). E, em especial, na Administração democrata norte-americana.
Barack Obama, o Presidente afro-americano cuja eleição em 2008 animou todo o mundo, ainda não se pronunciou sobre o ocorrido. Mas um dos seus porta-vozes fez já questão de afirmar que "no mínimo, ele está descontente". Por contraste, a chefe da diplomacia dos EUA, Hillary Clinton, veio já a terreiro afirmar que as fugas da correspondência diplomática americana, orquestradas pela WikiLeaks, representam um "ataque à comunidade internacional". "Estas publicações não representam apenas um ataque contra os interesses diplomáticos americanos.
Elas representam também um ataque contra a comunidade internacional", afirmou a secretária de Estado de Obama durante uma breve conferência de imprensa.
Hillary Clinton foi ainda veemente em "condenar" a publicação dos documentos (entre os quais se encontram textos portugueses, ver texto ao lado), ao mesmo tempo que manifestou o "mais profundos pesar dos Estados Unidos quanto à divulgação de informações destinadas a ser confidenciais".
Os corredores do poder e os meandros da diplomacia não são propriamente desconhecidos para a secretária de Estado Hillary Clinton. Para alguma coisa lhe terão servido os oito anos em que foi primeira dama durante os dois mandatos do seu marido, o então presidente Bill Clinton.
Neste momento, portanto, a questão para muitos aliados dos Estados Unidos vai muito para além da publicação dos documentos: centra-se no próprio conteúdo do texto. Por outras palavras, muitos aliados não terão gostado de se ver retratados como tontos, hipocondríacos, ou mesmo animais de estimação em documentos confidenciais da única superpotência.
No momento, todos os governos estão a ser consonantes na crítica à atitude da WikiLeaks mas, tal como Hillary Clinton, sublinha, muita da confiança entre os aliados quebrou-se, ou, pelo menos, foi atingida. Há, portanto, que a recuperar. E esse vai ser o trabalho intenso e árduo que Hillary Clinton e Barack Obama vão ter de desenvolver a partir de agora.
Um antigo representante diplomático dos EUA em Berlim confidenciava ontem à revista Der Spiegel que tudo levará o seu tempo. "Alguns governos irão ser mais renitentes do que outros na sua aproximação a Washington mas tudo acabará por se recompor", garantiu. Optimismo de embaixador? Talvez. Porque o facto é que, como sublinha a Spiegel, nunca na história uma superpotência perdeu o controlo de uma tão grande quantidade de documentos com informação sensível. E nunca a credibilidade dos aliados nos EUA foi tão abalada.
A prova de que nem todos os aliados tencionam ficar sem uma explicação é a declaração do chefe da diplomacia turca, Ahmet Davutoglu, que já anunciou ir a Washington para falar com a sua homóloga sobre o assunto. Nos documentos publicados o primeiro-ministro turco, Tayyp Erdogan, é referido como suspeito de querer islamizar o país.
3 Comments:
Parece-me que o lançamento desta borboleta com a finalidade de fazer apelo ao voyeurismo urbano, distraindo-o, poderá ter a finalidade de fazer passar algo que convirá que passe despercebido. Não acredito na história que está a ser contada.
Então é proque mais histórias haverá, da pesada, estas são mais ou menos de adivinhar. a resposta pode estar nas respostas, à divulgação.
Toupeira
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