Como a banca pode agravar a recessão
"Três dos quatro maiores bancos terão cortado, no último ano, quase 6.700 milhões de euros no financiamento à economia. Se se tiver em conta que ainda falta a CGD, é fácil antever o que vai acontecer à actividade económica. Até porque a "seca" de crédito não atinge apenas o investimento, mas (sobretudo) o apoio à tesouraria das empresas.
E se você, caro leitor, pensa que já viu tudo aguarde pelos próximos meses. Como os bancos não aumentam o capital, como estão a vender activos a ritmo inferior ao desejado e como o Estado não paga as suas dívidas, o resultado só pode ser um: mais (e mais significativos) apertos no crédito.
É isto que preocupa o Banco de Portugal. O supervisor sabe que se as coisas se mantiverem assim (e é provável que continuem) a economia não vai apenas cair 2,2%. Daí os "apelos" aos aumentos de capital e à alienação de activos dos bancos, que se não têm caído em saco roto andam lá perto (com raríssimas excepções).
A estratégia dos bancos é clara: suavizar as obrigações que a troika lhes impôs em Maio e que vão começar a "doer" já em Setembro. Vamos imaginar que a mesma troika não cede e que insiste em ser "conservadora" na análise das carteiras dos bancos. Se calhar o banco central deveria divulgar a sua previsão para o decréscimo do PIB caso a banca continue a cortar o crédito a este ritmo… "
Camilo lourenço
E se você, caro leitor, pensa que já viu tudo aguarde pelos próximos meses. Como os bancos não aumentam o capital, como estão a vender activos a ritmo inferior ao desejado e como o Estado não paga as suas dívidas, o resultado só pode ser um: mais (e mais significativos) apertos no crédito.
É isto que preocupa o Banco de Portugal. O supervisor sabe que se as coisas se mantiverem assim (e é provável que continuem) a economia não vai apenas cair 2,2%. Daí os "apelos" aos aumentos de capital e à alienação de activos dos bancos, que se não têm caído em saco roto andam lá perto (com raríssimas excepções).
A estratégia dos bancos é clara: suavizar as obrigações que a troika lhes impôs em Maio e que vão começar a "doer" já em Setembro. Vamos imaginar que a mesma troika não cede e que insiste em ser "conservadora" na análise das carteiras dos bancos. Se calhar o banco central deveria divulgar a sua previsão para o decréscimo do PIB caso a banca continue a cortar o crédito a este ritmo… "
Camilo lourenço
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