Comentários é os que quiserem, lembrem-se da crise subprime apenas...
O Goldman Sachs é uma entidade global e
das mais influentes junto dos mercados. Como consequência,as instituições
portuguesas que necessitem de fazer operações financeiras optam
frequentemente pela contratação do banco.
A começar pelo próprio Estado.
O banco liderado por Lloyd Blankfein é Operador Especializado em Valores do Tesouro.
O mesmo é dizer que é uma
das entidades contratadas pelo Estado para colocar dívida nacional no mercado e
para aconselhar sobre as estratégias de financiamento que Portugal deve tomar para convencer os investidores a comprarem
dívida da República.
Apesar disso, e à semelhança de muitos bancos internacionais, desde Setembro de 2010 que o Goldman dizia
aos seus clientes que Portugal não iria conseguir financiar-se
nos mercados e que teria de recorrer a ajuda externa.
A ligação
ao Goldman e a outras grandes firmas de Wall Street levou alguns órgãos de comunicação anglo-saxónicos a sugerir que Portugal e estes bancos terão feito negócios similares aos embustes orçamentais na Grécia.
Estas afirmações foram
refutadas pelas autoridades europeias.
Mas não é apenas com o Estado que o Goldman tem relações.
Num dos períodos mais quentes da história da bolsa portuguesa,
o banco de investimento teve um papel fulcral. Nas ofertas
públicas
de aquisição que a Sonaecom lançou à Portugal Telecom e que o BCP lançou ao BPI, ambas em 2006, o Goldman foi
contratado pelos alvos das ofertas para ajudar a montar as estratégias
de defesa às ofertas hostis. Recentemente, foi ainda noticiado que o Goldman Sachs mostrou interesse em analisar os
dossiers das privatizações da EDP e da REN que o Governo está a
preparar no âmbito do programade assistência financeira a Portugal. Outro negócio aenvolver o Goldman e uma empresa portuguesa foi a compra, por parte da EDP
Renováveis, de uma eólica norte-americana.
A cotada nacional comprou a Horizon Wind Energy por 1,6 mil milhões de euros ao Goldman Sachs.
ANALISTAS
DO GOLDMAN ACOMPANHAM ACÇÕES NACIONAIS
Outra
das actividades do Goldman Sachs no mercado nacional
é o acompanhamento de acções portuguesas. Os analistas do
banco de investimento seguem actualmente 13 cotadas portuguesas. E as
recomendações nem são negativas. O Goldman recomenda “comprar” Xxxx, XXX e
X X. Apenas a Xxxxxx é vista pelos analistas do
Goldman como um título a “vender”. Os restantes, incluindo os
títulos do sector financeiro, têm uma apreciação de “neutral”.
Além
de acompanhar o mercado português, o Goldman teve colaboradores
portugueses que estão agora sob os holofotes.
É
o caso de António Horta Osório, que trabalhou no banco antes de assumir
cargos de relevo no Santander e no Lloyds. O actual presidente
do banco britânico trabalhou na área de ‘corporate finance’
do Goldman.
Também o actual secretário de Estado adjunto
do primeiro-ministro, Carlos Moedas, teve uma passagem
pelo gigante das finanças. O governante, que tem a
cargo o acompanhamento da aplicação do memorando com a
‘troika’, trabalhou no departamento europeu de fusões e aquisições do Goldman.
Outro português que se notabilizou no banco foi António Borges, director-geral
e vice-presidente do banco entre 2000 e 2008.
O
economista foi depois presidente da entidade que delineia a regulação dos
‘hedge funds’ e actualmente dirige a divisão europeia do Fundo Monetário
Internacional.
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