domingo, novembro 06, 2011

Comentários é os que quiserem, lembrem-se da crise subprime apenas...


O Goldman Sachs é uma entidade global e das mais influentes junto dos mercados. Como consequência,as instituições portuguesas que necessitem de fazer operações financeiras optam
frequentemente pela contratação do banco.
A começar pelo próprio Estado.
O banco liderado por Lloyd Blankfein é Operador Especializado em Valores do Tesouro.
O mesmo é dizer que é uma das entidades contratadas pelo Estado para colocar dívida nacional no mercado e para aconselhar sobre as estratégias de financiamento que Portugal deve tomar para convencer os investidores a comprarem dívida da República.
Apesar disso, e à semelhança de muitos bancos internacionais, desde Setembro de 2010 que o Goldman dizia aos seus clientes que Portugal não iria conseguir financiar-se nos mercados e que teria de recorrer a ajuda externa.

A ligação ao Goldman e a outras grandes firmas de Wall Street levou alguns órgãos de comunicação anglo-saxónicos a sugerir que Portugal e estes bancos terão feito negócios similares aos embustes orçamentais na Grécia.

Estas afirmações foram refutadas pelas autoridades europeias.
Mas não é apenas com o Estado que o Goldman tem relações. Num dos períodos mais quentes da história da bolsa portuguesa, o banco de investimento teve um papel fulcral. Nas ofertas públicas
de aquisição que a Sonaecom lançou à Portugal Telecom e que o BCP lançou ao BPI, ambas em 2006, o Goldman foi contratado pelos alvos das ofertas para ajudar a montar as estratégias
de defesa às ofertas hostis. Recentemente, foi ainda noticiado que o Goldman Sachs mostrou interesse em analisar os dossiers das privatizações da EDP e da REN que o Governo está a
preparar no âmbito do programade assistência financeira a Portugal. Outro negócio aenvolver o Goldman e uma empresa portuguesa foi a compra, por parte da EDP Renováveis, de uma eólica norte-americana.
A cotada nacional comprou a Horizon Wind Energy por 1,6 mil milhões de euros ao Goldman Sachs.
ANALISTAS DO GOLDMAN ACOMPANHAM ACÇÕES NACIONAIS
Outra das actividades do Goldman Sachs no mercado nacional é o acompanhamento de acções portuguesas. Os analistas do banco de investimento seguem actualmente 13 cotadas portuguesas. E as recomendações nem são negativas. O Goldman recomenda “comprar” Xxxx, XXX e X X. Apenas a Xxxxxx é vista pelos analistas do Goldman como um título a “vender”. Os restantes, incluindo os títulos do sector financeiro, têm uma apreciação de “neutral”.
Além de acompanhar o mercado português, o Goldman teve colaboradores portugueses que estão agora sob os holofotes.
É o caso de António Horta Osório, que trabalhou no banco antes de assumir cargos de relevo no Santander e no Lloyds. O actual presidente do banco britânico trabalhou na área de ‘corporate finance’ do Goldman.

Também o actual secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, Carlos Moedas, teve uma passagem pelo gigante das finanças. O governante, que tem a cargo o acompanhamento da aplicação do memorando com a ‘troika’, trabalhou no departamento europeu de fusões e aquisições do Goldman.

Outro português que se notabilizou no banco foi António Borges, director-geral e vice-presidente do banco entre 2000 e 2008.
O economista foi depois presidente da entidade que delineia a regulação dos ‘hedge funds’ e actualmente dirige a divisão europeia do Fundo Monetário Internacional.

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