segunda-feira, novembro 07, 2011

Os bancos e o Estado.


"O presidente do BES diz que a intervenção do Estado nos bancos vai tornar mais difícil o regresso das instituições aos mercados (mais aqui)"
"O Estado vai emprestar dinheiro aos bancos privados. Tornando-se seu accionista. Estes aumentos de capital repugnam os bancos, cujos accionistas verão as suas posições diluírem-se. Além disso, o não pagamento de dividendos não só desvaloriza as acções como constrange a vida a muitos accionistas. Basta olhar a teia de falidos que é dona de grande parte do BCP: sem dividendos, como pagarão as suas dívidas? Essa pergunta há-de ser colocada mais à frente ao ministro das Finanças. Mas a resposta pode ser dada já: problema deles.

Os aumentos de capital não são feitos em benefício dos bancos, mas dos depositantes e da sociedade. Se os contribuintes pagam para que os bancos não corram risco de incumprimento, o Estado pode exigir que eles sejam mais prudentes. E impor condições de financiamento à economia, como é também o caso.

Os bancos foram, nos últimos anos, máquinas de destruição de capital. No último trimestre, vários tiveram prejuízo, em grande parte por causa da dívida grega, e noutra parte por causa do aumento das provisões. Essas provisões estão a limpar antes os buracos que vão aparecer depois: desvalorização de participações financeiras e créditos malparados. A análise dos seus balanços pela troika prossegue e, até ao final do ano, saberemos se esses créditos e activos já estão correctamente avaliados.

Emissários políticos nestes bancos iriam destruí-los, como já se provou penosamente. Mas é preciso perguntar se as administrações que serão ajudadas merecem permanecer
(mais aqui)"

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