sábado, dezembro 01, 2012

A Pátria não é um estribo

http://expresso.sapo.pt/de-que-e-feito-um-patriota=f770825

Pois é Senhor Monteiro acredito que não saiba o que é um patriota e de que é feito,
porque nem sabe o que é a Pátria. Muitos hoje, canonizaram um homem que defendia o internacionalismo, a ditadura do proletariado e outras coisas que hoje se repetem sob novas formas e sob novas liturgias e muitos dos secularistas evangélicos do politicamente correcto que o odeiam e o odiaram, decerto dirão que era um sério homem, honesto, por ser coerente, Stalin também era coerente, Hitler também, Mao também e muitos outros o foram, sabemos os resultados dessas coerências...
A UE transformou-se, e, é hoje uma forma de emular o comité central do PCUS. Tem uma Comissão constituída por gente que não é eleita pelos cidadãos europeus, tal como o comité central do antigo PCUS. No entanto não vejo ninguém se preocupar com esse facto, nem os tipos muito asseadinhos do Norte da Europa que tanto falam contra a corrupção que não contra o agiotismo dos seus sistemas bancários, tão parecidos com os nossos e que fazem parte duma entidade etérea a que chamam de Mercados...
Hoje, devemos comemorar um feriado que o actual governo com o conluio da AR e do PR, fazem desaparecer com o argumento de que é melhor para a economia e com a benção da troika que afinal se está marimbando para isso, porque isso é connosco, Nação Portuguesa, não um grupo de indivíduos da AR, políticos profissionais, que deverão ser um dia julgados por mais este crime contra Portugal, um dia quando a Justiça existir, atendendo a que não existe, tal como o Estado.
 
"São os regimes e os governos contingentes e fracos que passam o tempo a queixar-se das heranças recebidas, como entre nós os monárquicos liberais faziam com os legitimistas, os republicanos com os monárquicos, os corporativistas com os republicanos, os neocapitalistas com os corporativistas, os abrilistas contra todos, e cada novo governo com o anterior. Cada um dizendo-se vergado ao peso da da herança recebida e, naturalmente, absolvido, por isso mesmo, dos próprios erros e incapacidades.
Acontece que a Pátria não pode repudiar nada, e a herança soma todas as grandezas e misérias."
(:::)" No balanço geral de cada época, o patriotismo espera ter mais razões de orgulho do que de mágoa, e encontram saldo positivo ao serviço do género humano. A gesta dos Descobrimentos, a unificação do globo, o desbravamento da África, a construção do Brasil, a angiografia, os primórdios da antropologia, o método experimental são a Pátria. D. Afonso Henriques, D. Nuno Álvares Pereira, o Infante D. Henrique, Mouzinho de Albuquerque, D. João de Castro, Egas Moniz, são a Pátria. Também o são as brutalidades cometidas no Oriente, as entradas contra os índios, o trabalho forçado, a escravidão, os traidores de 1580, os heróis de 1640, os desertores e os mortos da década de 60.Tudo lhe pertence e nos cabe, porque a Pátria não se escolhe, acontece. Para além de aprovar ou reprovar cada um dos elementos do inventário secular, a única alternativa é amá-la ou renegá-la. Mas ninguém pode ser autorizado a tentar a sua destruição e a colocar o partido, a ideologia, o serviço de imperialismos estranhos, a ambição pessoal, acima dela. A Pátria não é um estribo. A Pátria não é um acidente. A Pátria não é uma ocasião. A Pátria não é um estorvo. A Pátria não é um peso. A Pátria é um dever entre o berço e o caixão, as duas formas de total amor que tem para nos receber."
In O Novíssimo Príncipe de Adriano Moreira, 1977

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