Terrorismo de Estado
Quando há anos certos círculos dos serviços secretos espanhóis formaram os GAL que serviam para matar elementos da ETA, numa prática de "terrorismo de estado" e quando isso foi descoberto, houve investigações, julgamento e condenações dos responsáveis.
Não porque o estado espanhol transigisse com a ETA mas porque não cabe a um estado de direito civilizado como a Espanha e a qualquer estado civilizado no mundo praticar a mesma linguagem dos grupos terroristas.
Por isso o terrorismo de Estado espanhol, dos GAL foi erradicado, mas a ETA continuou a ser combatida política e policialmente.
No caso de Israel pratica-se alegre e irresponsavelmente a mais bárbara forma de terrorismo de estado contra populações e organizações que apesar da linguagem violenta que por vezes utilizam, lutam apenas pelo que é seu de direito, ou seja a soberania sobre territórios ocupados ilegalmente por Israel (estado criado artificialmente em 1947).
A linguagem e políticas dos talhantes de Telavive alimenta-se do terror mútuo para permanecerem no poder.
Eles não sobreviveriam politicamente a um período de entente e de pacificação entre israelitas e palestinianos.
Por isso este golpe de força.
O que se espera do Hammas que se até agora reagiu violentamente sempre que os helicópteros israelitas matavam extra-judicialmente activistas da independência palestiniana, agora vê o seu líder espiritual bárbara e cobardemente abatido sem dignidade, e acompanhado pelos tristemente habituais "danos colaterais"?
Julgo que se a decisão de assassinar o líder Yassin foi tomada a 14 de Março, e será essa a data em que Sharon e os outros nazis de Telavive começaram a redigir a certidão de óbito para si e para o seu povo, o povo de Israel.
E que ontem, com a execução sumária de um líder incómodo para os desígnios dos açougueros de Telavive, essa certidão de óbito foi assinada e carimbada.
Será uma questão de dias.
Porque o Hammas não perderá a face perante o que se passou.
Pode não agir nos próximos dias.
Deixará assentar o pó.
Mas agirá.
Fulminantemente.
E nessa altura o povo de Israel vai perceber finalmente o fim para que foi encaminhado por estes líderes sanguinários que os governam.
Porque o fim foi ontem traçado.
É inevitável
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