sexta-feira, abril 23, 2004

O PS definha.

"Entusiasmado com a precipitação do novo Governo espanhol, que decidiu retirar as suas tropas do Iraque sem sequer respeitar os prazos com que se tinha comprometido, o nosso PS decidiu modificar a sua posição sobre a presença da GNR nas terras da antiga Mesopotâmia. Agora quer que os portugueses incluídos na força multinacional regressem se "até 30 de Junho não tiver sido aprovado um mandato das Nações Unidas para a transição de poder no Iraque que enquadre e legitime a presença de forças estrangeiras".

Acontece porém que esse mandato das Nações Unidas já existe: consta da resolução 1511 de 16 de Outubro de 2003, a qual prevê a progressiva transferência de poderes da Autoridade Provisória para os iraquianos (sem, contudo, prever qualquer data ou referir um qualquer 30 de Junho). Nela se estabelece (ponto 13) que as Nações Unidas não só "autorizam uma força multinacional sob comando unificado com a missão de assegurar as condições necessárias" à transição de poderes e pede (ponto 14) "aos Estados Membros para, no quadro deste mandato, contribuírem com a assistência necessária, incluindo forças militares, para a missão da força multinacional". "


Público

P.s. Que a mentira de Zapatero tenha passado despercebida a uma Espanha medrosa, compreende-se.

Agora o PS ...

Então não é que, o PS ao exigir que “Portugal deixe de corresponder a um apelo formal das Nações Unidas e retire forças que estão devidamente mandatadas numa data (30 de Junho) que foi citada pela primeira vez pela Administração Bush”, está ele próprio a fazer aquilo que críticou ao actual governo, um seguidismo cego da política espanhola.

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