segunda-feira, maio 31, 2004

As declarações do Chefe de Estado Maior da Armada

Em Viana do Castelo, por ocasião do Dia da Marinha, que este ano se assinalou naquela cidade ou as declarações do CEMA foram mal interpretadas pelos jornalistas presentes, ou algo vai mal no planeamento de forças:

Disse ele que o nosso a actual navio reabastecedor (o NRP Bérrio) não "aguentava" até 2010.

Como na Lei de Programação Militar não está prevista a construção ou aquisição de um novo reabastecedor, parece que o velho Bérrio terá que aguentar muito, perante o que para aí vem: Repare-se que as fragatas Vasco da Gama apenas estão agora a meio de vida e terão um horizonte de vida de pelo menos mais 15 anos, as João Belo serão substituídas pelas Perry (duas ou três?) e os submarinos chegarão a partir de 2009.

Para além disso está prevista a construção do NPL.

Em que ficamos, sem capacidade de reabastecimento de esquadra, num teatro de operações, após 2010?

Claro que para além da LPM, a Marinha poderá tentar com o seu próprio orçamento adquirir um novo reabastecedor.

A compra do Bérrio também foi uma espécie de negócio de ocasião, já que ele era usado, inglês, tendo chegadoo a participar na guerra das Malvinas, e após a Marinha se ter desfeito do navio logístico S. Miguel, houve a necessidade de se adquirir um reabastecedor de esquadra, apesar das evidentes limitações que o actual tem.

Mas será que isso está de facto previsto?

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