O Iraque, os incêndios e Figueiredo Lopes

Ontem em Samarra, norte do Iraque, 4 militares ocupantes de nacionalidade americana e 3 militares iraquianos das forças colaboracionistas foram abatidos pela resistência, através de ataques de morteiros contra ao quartel general da polícia daquela cidade.

Após a deposição do governador-geral Hans Frank, perdão Bremmer, substituído por um Laval de segunda categoria, o vendido Alahabi, que fica de perto vigiado pelo "embaixador" Negroponte, verdadeiro mandante da situação iraquiana, quem não desiste é a resistência iraquiana ao ocupante.

Só nesta semana já 13 americanos foram abatidos e mais umas dezenas de colaboracionistas.

Na semana passada foram 5 marines mortos em emboscadas ou em confrontos com resistentes.

Para quem acreditava que a chamada entrega do poder aos Iraquianos antecipada em dois dias (provavelmente para serem evitados os excessos de "festejos" do povo iraquiano) iria contribuir finalmente para a pacificação do país, isto foi um mau sinal, reforçado pela declaração em que a Casa Branca admite que as tropas de ocupação poderão permanecer pelo menos até 2009 no Iraque, é caso para perguntar:

Que diferenças tem este conflito em relação ao do Vietname, e que tão maus resultados teve para os EUA, e para a sua imagem no mundo?

P.S.

Quando Figueiredo Lopes declarou que a GNR, através do seu sub-agrupamento Alfa que se encontra em Nassyria se manteria até Novenbro, estaria a agir como lugar-tenenete das forças de ocupação, ou na qualidade de ministro de um governo de gestão, e que mesmo sem se prever a crise política criada pela saída de Barroso, este como mais dois ministros já estavam na calha para uma remodelação que Durão teve medo de efectuar?

Em que qualidade falava então Figueiredo Lopes?

Não deveria estar ele mais preocupado com o estado em que deixou o país após as mexidas no ano passado em que desarticulou por completo os serviços de Bombeiros e de Protecção Civil, culminando essa situação nas dificuldades de articulação e logística no combate aos incêndios do ano passado?

Não deveria ter ele assumido a responsabilidade política objectiva pela sua incompetência, em vez de se limitar a aceitar a demissão dos funcionários do SNPCB?

E já agora: Que reforço efectivo e real de meios de prevenção e combate a incêndios florestais foram tomados para o verão de 2004?

Como está a prometida aquisição de meios aéreos próprios para que se evite o aluguer a preços principescos de aeronaves estrangeiras e algumas nacionais?

Estanha forma de governar...