terça-feira, dezembro 14, 2004

Nova Bíblia - Livro XVII

Livro XVII-O julgamento de Pilau
Jesé foi então levado perante Pôncio Pilau, o governador da Jureia e também juíz daquela terra, pois a incompatibilidade de cargos ainda não havia sido inventada. Disse-lhe Pilau: "És tu o rei dos Erveus?", pois era essa a acusação que os erveus tinham lançado sobre ele. Jesé disse que não, que aquilo era uma mentira inventada por aqueles que dele tinham inveja. Pilau era um homem sensato e viu que Jesé falava a verdade.Voltando-se para os Erveus, disse-lhes: "Este homem não tem culpa alguma e, por isso, vou libertá-lo". Os Erveus responderam-lhe que não, que Jesé era um perigoso revolucionário anti-romano. "Então que quereis que lhe faça?", perguntou Pilau. "Crucifica-o", gritaram os Erveus. "O quê?", tornou Pilau. "Prega-o numa cruz até morrer por asfixia", explicaram os Erveus. "A sério?", quis saber Pilau."Sim!", gritaram os Erveus. "Mas isso não é um bocado sádico?", perguntou o romano.
"Não. E até podemos enriquecer com a venda de miniaturas de Jesé de Nazarus crucificado", disseram os Erveus.Pilau concordou e foi assim que os romanos passaram à história como um povo sanguinário. Pilau resolveu tentar mais uma vez e perguntou à multidão se não queriam que libertasse Jesé porque era costume, por altura da Páscoa, libertar um criminoso. "Solta antes Aguarrás", gritaram os Erveus. Ora, Aguarrás era um perigoso assassino em série. "Muito bem", disse finalmente Pilau. "Façam como entenderem" e mandou vir uma bacia de água para lavar as mãos, pois estavam sujas.

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