segunda-feira, janeiro 17, 2005

Coitadinho.

"Um jornalista negro condenado três vezes por homicídio em tribunais dos EUA por grupos de jurados brancos foi libertado ao fim de 43 anos de cadeia, depois de a sua pena ter sido comutada para homicídio involuntário por um grupo de jurados misto. Assassino confesso de uma empregada bancária em 1961, Wilbert Rideau, de 62 anos, tornou-se famoso e premiado por relatar a vida numa prisão da Louisiana. No sábado, ao cabo de quase 44 anos de detenção, foi libertado por já ter cumprido o tempo de pena por homicídio involuntário. O júri composto por sete brancos e cinco negros demorou seis horas a chegar à decisão unânime que permitiu a Rideau voltar a viver em liberdade. Rideau, preso desde os 20 anos, mostrou pouca emoção quando ouviu a sentença, limitando-se a responder "sim, senhor" quando o juiz lhe perguntou se desejava ser libertado de imediato. Ao abandonar a sala disse aos jornalistas que ainda estava a digerir o veredicto. "É irreal. É tudo tão novo", afirmou."

Público.

Espectacular como a comunicação social consegue transformar um criminoso num herói, levando atrás de si a justiça. Parece que o homem foi preso por ser negro e não por ter assassinado a senhora, que para mais era branca. Com um bocado de sorte este criminoso, perdão, herói exemplar, ainda consegue ser indemnizado pela família da vítima. Afinal ela é que se meteu à frente da trajectória da bala, logo só podia ser homicídio involuntário.

7 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Convinha saber se ele também é homossexual. Ficava o crime de descriminação perfeito. Zé

segunda-feira, janeiro 17, 2005  
Anonymous Anónimo said...

Cada vez mais ser branco e "não homossexual" começa a ser crime e razão para ser discriminado. As sociedades evoluem... Nelinho

segunda-feira, janeiro 17, 2005  
Blogger mfc said...

Por mais hediondo que fosse o crime, não acham que 45 anos de prisão são bastantes??!

segunda-feira, janeiro 17, 2005  
Blogger É FARTAR, VILANAGEM said...

Num governo Guterres (eventualmente Sócrates) teria sem
sombra de dúvida um RENDIMENTO MÍNIMO GARANTIDO.

segunda-feira, janeiro 17, 2005  
Anonymous Anónimo said...

Quem sabe. o outro também saiu em liberdade condicional porque já chegava e agora andam todos aflitos à procura dele. GB

segunda-feira, janeiro 17, 2005  
Blogger Carlos said...

A julgar pelos comentários a pena capital ou a sentença de prisão perpétua são bastante populares entre os comentadores da notícia.

Não vou aqui reeditar os argumentos que me levam a rejeitar este tipo de punições extremas. Permito-me apenas recordar que não existe qualquer evidência demonstrando uma correlação entre a severidade das penas e os níveis de criminalidade.

Parece-me ainda sem fundamento a afirmação do autor do blog sobre o caracter tendencioso da notícia tal como foi publicada na íntegra pelo jornal.

Noto também a frase "parece que o homem foi preso por ser negro e não por ter assassinado a senhora, que para mais era branca". Pergunto-me qual é a relevância da etnia da vítima que justifica o ênfase "para mais era branca".

quarta-feira, janeiro 19, 2005  
Anonymous Anónimo said...

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terça-feira, março 06, 2007  

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