segunda-feira, janeiro 31, 2005

Exemplo.

A elevada participação do povo iraquiano nas eleições de domingo vem confirmar novamente a falência da nossa comunicação social. Dominada pela esquerda, durante o período que antecedeu as eleições desdobrou-se em esforços para criar no cidadão a imagem do "mais que previsível falhanço eleitoral". Desde comentadores manhosos até entrevistas a iraquianos (curiosamente sunitas) tudo valeu. Mais. No próprio dia chegaram a chamá-las de sangrentas, tentando transmitir a ideia de que a ameaça dos terroristas tinham sido cumprida. Infelizmente houve atentados mas não foram mais mortíferos que os habituais.

Sejamos francos. Os iraquianos foram votar e a sangria prometida pelos terroristas não existiu. Escusam de vir com as habituais desculpas manhosas como os americanos obrigaram-nos a votar, o religioso Al Sistini decretou uma Fatwa na qual quem não votava ia para o inferno, etc, etc. Se isso fosse verdade, a adesão teria sido de 100% como no tempo de Saddam.

Que não haja dúvidas. Os terroristas sofreram uma enorme derrota. Ao contrário dos espanhóis, os iraquianos não se deixaram intimidar e foram votar. Somente parte dos sunitas não votaram por medo e porque politicamente não lhes interessava. Mas a maior derrotada foi a nossa comunicação social. Essa comunicação social que chama "resistentes" a puros terroristas. Essa comunicação social que aparece a divulgar sondagens relevando o aumento dos votos na esquerda, explorando os erros e os pseudos-erros de Santana, escondendo os de Sócrates e andando com o Louçã ao colo. A tal que tenta influenciar o sentido de voto. A tal que no dia seguinte vira "o bico ao prego" como se nada tivesse sucedido.
Longe de cumprir a sua obrigação, essa comunicação social embrulha-se cada vez mais no descrédito, reflexo da sua corrente ideológica tendenciosa.

Pergunta-se: há diferença entre censura fascista e informação democrática ideologicamente orientada?

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