Pobre país.
"José Sócrates quer transformar os "Hospitais, S.A." em "Empresas Públicas". Os Hospitais S.A. já são empresas públicas. Mas o PS quer transformá-los em empresas públicas. Para o líder do PS, "em vez de serem empresas S.A. [os hospitais vão passar a ser] empresas públicas". "É a única diferença".
«Queremos que continue a haver hospitais públicos com gestão própria de uma empresa, mas uma empresa pública. Trata-se de uma mudança, mas que em nada muda a capacidade e a flexibilidade para uma melhor gestão.» (no Público)
Confuso?
O Decreto-Lei 558/99, de 17/12, define como empresas públicas as "sociedades constituídas nos termos da lei comercial" (normalmente S.A.'s) controladas pelo estado (maioria do capital ou dos direitos de voto ou ainda possibilidade de nomear a maioria dos membros do órgão de administração ou - erro clamoroso do legislador- de fiscalização) e as Entidades Públicas Empresariais (EPE). É nesta últimas que Sócrates pretende transformar os hospitais S.A..
O curioso é que a actual definição de EP (que inclui S.A. e EPE) foi aprovada por António Guterres e assinada pelo então Ministro do Ambiente, José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa.
Ora, se a única coisa que muda (na verdade não é bem assim) é a natureza jurídica dos hospitais-empresa, o que em nada muda a capacidade e a flexibilidade para uma melhor gestão, para que servirá a mudança?
a) para aumentar a produção legislativa do Governo (a transformação vai obrigar a publicar trinta e muitos decretos-lei e a rever trinta e tal estatutos);
b) para substituir as actuais administrações;
c) para nada. "
Blasfémias.
«Queremos que continue a haver hospitais públicos com gestão própria de uma empresa, mas uma empresa pública. Trata-se de uma mudança, mas que em nada muda a capacidade e a flexibilidade para uma melhor gestão.» (no Público)
Confuso?
O Decreto-Lei 558/99, de 17/12, define como empresas públicas as "sociedades constituídas nos termos da lei comercial" (normalmente S.A.'s) controladas pelo estado (maioria do capital ou dos direitos de voto ou ainda possibilidade de nomear a maioria dos membros do órgão de administração ou - erro clamoroso do legislador- de fiscalização) e as Entidades Públicas Empresariais (EPE). É nesta últimas que Sócrates pretende transformar os hospitais S.A..
O curioso é que a actual definição de EP (que inclui S.A. e EPE) foi aprovada por António Guterres e assinada pelo então Ministro do Ambiente, José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa.
Ora, se a única coisa que muda (na verdade não é bem assim) é a natureza jurídica dos hospitais-empresa, o que em nada muda a capacidade e a flexibilidade para uma melhor gestão, para que servirá a mudança?
a) para aumentar a produção legislativa do Governo (a transformação vai obrigar a publicar trinta e muitos decretos-lei e a rever trinta e tal estatutos);
b) para substituir as actuais administrações;
c) para nada. "
Blasfémias.
2 Comments:
d) - ou, em bom rigor, "aa)", já que é decorrência de "a)" - : Dar trabalho a mais umas comissõezitas e a alguns assessores para redigir a verborreia normativa, sim, esses mesmos cujo vencimento ascende a €2500/mês - fora o que escorre - e cujo "concurso" é aberto em pleno DR submetido às seguintes provas: entrevista e análise ao CV. Ponto final. Já no mesmo DR, ou num número publicado dias depois, mais uma vaga. Desta vez para coveiro. Prova de cultura geral, de conhecimentos específicos - com indicação de bibliografia obrigatória - agregação à Função Pública, certificados de habilitações, e vencimento de cerca de €500/mês.
Pobre país. JP
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