É só fazer as contas...
"O PS propõe-se reduzir em 75 mil o número de funcionários públicos sem fazer despedimentos, partindo do princípio de que 150 mil funcionários se reformarão nos próximos anos e que só metade deles serão substituídos por outros novos.Parece boa ideia, até ao momento em que começamos a pensar nas consequências dessa estratégia sobre as despesas. Ora vejamos. Quando um funcionário se reforma, o Estado poupa no seu salário, mas passa a pagar-lhe todos os meses a respectiva pensão de reforma. Por outras palavras, uma despesa é substituída por outra de diferente natureza mas de montante pouco inferior.
Logo, quando Sócrates promete que só entrará um novo funcionário por cada dois que saiam para a reforma, está, na prática, a prometer aumentar a despesa pública, dado que os que saem não a diminuem significativamente e os que entram, sendo ainda por cima forçosamente licenciados, fá-la-ão crescer.Depois, há outro problema. Nos termos do programa anunciado, o PS propõe-se criar 150 mil postos de trabalho nos próximos postos de trabalho. Todavia, como o Estado dará para esse objectivo um contributo negativo de 75 mil postos, do que se trata efectivamente, em termos brutos, é de criar não 150 mil mas 225 mil postos de trabalho. De outra forma, a promessa não será cumprida.Estará a escapar-me algumas coisa?"
Pobre país (mais uma para a contabilidade do amigo Mompox).
10 Comments:
Esse Sócrates é horrível. Neca
Que opções restam a quem não gosta de santana Lopes, Sócrates, Paulo Portas, Louçã, Jerónimo, etc? Voto em branco? Isso dá alguma coisa? Litos
Pois é. Pobre país como diz JPP. Bela
Eu diria mais "Pobre País"? Júlio
Qual é essa do Mompox? Silva
Penso que Mompox é a alcunha dada ao Jorge Coelho. Rita
Peço muita desculpa, mas eu, Mompox, não tenho nada a ver com o Sr. Coelho nem sequer com a SrªDª Alice.
O que é facto, é que há tempos dediquei-me à doentia tarefa de contabilizar exaustiva e rigorosamente o nº de vezes que a expressão «Pobre país» foi utilizada neste blog, entre posts e comentários. (E eram, salvo erro, 3472 ou 3473. Agora já vai em aproximadamente 3543, porque a contagem não é feita em tempo real.)
Convém também clarificar que só foram contabilizadas as expressões que tinham como objecto Portugal. Isto é: cada vez que alguém dizia «Pobre país» referindo-se à Mauritânia, ao Sultanato de Brunei ou à República de Weimar, -e foram tantas as vezes- essas afirmações não foram consideradas para efeitos estatísticos.
Ora (dizia eu então) aquilo que me parece é que os autores de tão repetitiva quanto requintada expressão se iludem ao presumir que essa tónica mista de lamento e crítica, é construtiva, salutar, ou até mesmo exorcizante, quando na realidade é afinal mais lastro para a mania depressiva nacional, e não contribui para levantar (hoje de noooovo) o astral de Portugal.
Poderia ter ido mais longe, explorando a possibilidade da depressão nacional ser autofágica e retroalimentada, e por isso os maldicentes nacionais serem simultaneamente causa e consequencia, agressores e vítimas no seu próprio discurso. Mas não me apeteceu.
Tudo isto explico eu, fazendo de conta que existe alguém interessado nestas coisas.
MOMPOX
Caro Assurancetourix:
Não me leve a mal, até porque somos colegas de escrita deste blogue.
Mas nesse caso o que preconiza?
Que os FP a mais sejam exterminados, como se fez ao Judeus durante o nazismo, porque tal como eles, hoje em dias está-se a criar a imagem de que os FP são uma espécie de peso morto e dispensavel, e fonte de todos os males da sociedade e da economia?
Ou pretende que sejam sumáriamente despedidos, e sem direito a subsídio de desemprego?
O que preconiza?
Os FP não são portugueses de pleno direito, como todos os outros? Não pagam os seus impostos?
Colega Mulah
Nada temos contra o FP. Só não comemos o popularismo frouxo do Sócrates.
Caro Mompox
Tentou contar a famosa expressão noutros sítios? Sugerimos que comece pelo Abrupto.
Caro Mompox
Quer levantar o astral de Portugal com o Sócrates? Melhor seria com o BE e a liberalização da droga. Aí sim, o astral andava pelos céus. Agora quando se trata de coisas sérias e não de pura rectórica, é isso mesmo: Pobre país que nunca esteve tão mal.
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