Promessas.
"Francisco Louçã prometeu ontem à Associação Portuguesa de Deficientes (APD) que o Bloco de Esquerda irá apresentar iniciativas legislativas que visem melhorar a integração dos deficientes na sociedade, com particular atenção à área do emprego. Durante o encontro, o líder dos bloquistas disse mesmo que estava disponível para avançar com legislação em acordo conjunto com o PCP e o PS, de forma a dar sequência à Lei de Bases, aprovada por unanimidade na Assembleia da República."
Não é fácil prometer quando se sabe que nunca terá de cumprir?
14 Comments:
É pena já não se encontrar entre nós Eça de Queiroz. Talvez nunca tanto como hoje a ironia corrosiva, o olhar crítico agudo, a análise que nunca liberta a gargalhada mas nos faz sorrir, às vezes sorrir com vergonha de nós próprios, e que é uma das marcas de génio de Eça, seja tão necessária para dissecar os discursos desta campanha alegre à imagem do que ele fez, ao dissecar o poder dos finais do séc. XIX, em obras como a que dá título a este artigo ou em ‘A Capital’.
Imagino-o a escrever e não resisto a sorrir sobre prosas imaginárias ao vê-lo apreciar algumas das tiradas que marcam estes dias. O debate entre Louçã e Portas, por exemplo. Há cerca de trinta anos que Louçã lidera um dos mais combativos partidos trotskistas e que com inteligência conseguiu atrair muita gente ao assumir um discurso de oposição criativo, trazendo para a praça pública a defesa de alguns objectos sociais muitas vezes tratados como secundários. A despenalização do aborto, a defesa dos direitos das minorias étnicas, dos direitos dos homossexuais, das mulheres,a organização e publicitação de iniciativas pela defesa do ambiente, as campanhas pela despenalização do consumo das drogas, enfim, um conjunto de questões importantes que há trinta anos mereciam o desprezo dos partidos dominantes e que o então PSR, e agora o Bloco de Esquerda, conseguiu colocar na agenda principal da política portuguesa.
Não deixa de espantar que num debate com Paulo Portas, quando a questão do aborto entrou na conversa, Francisco Louçã tenha esquecido o verniz e até o pedaço de memória que representa sobre esta matéria e tenha feito o que não se esperava. Insultar o oponente. Louçã outorgou a si próprio, ao longo dos últimos anos, o discurso da superioridade moral na política, muito na linha trotskista que professa a moral revolucionária. Então não é que a superioridade moral, ao sentir o debate perdido com Paulo Portas, se transforma em baixeza moral que procura retirar ao contendor o direito de ter opinião sobre o aborto porque não tinha filhos nem família constituída?
Nem queria acreditar. Louçã irmanava-se neste argumentário a um célebre deputado do CDS, um tal Machado, que há muitos anos, numa magistral diatribe contra o aborto, afirmou perante a gargalhada geral que as relações sexuais só deveriam acontecer para procriar. Nessa altura era deputada a saudosa Natália Correia e a resposta ao homem veio sob a forma de verso assinalando um dos momentos mais brilhantes da história do nosso parlamentarismo. O infeliz tinha dois ou três filhos e Natália, numa épica sarcástica, sobre essas duas ou três experiências sexuais da sua vida de cinquentão, desmontou a hipocrisia do infeliz.
É pena que ela já não esteja viva. Louçã ficaria bem entre Natália e Eça, sentadinho e bem compostinho lado a lado com o tal Machado. Porque se este era o paradigma da beatice cínica, Louçã desiludiu milhares que lhe apreciavam a coragem. Afinal, o discurso de vanguarda esconde um frade ressabiado nascido do mesmo beatério do Machado.
Louçã perdeu o meu voto nessa noite. Porque afinal é tão Frei Tomás como aqueles que, do alto da sua cadeira de superioridade moral revolucionária, vai apostrofando impiedosamente.
É esta a campanha que temos. E, segundo as sondagens, o pior está para vir. O PS perde pontos todos os dias graças a uma das mais desastradas campanhas que alguma vez realizou. Sócrates perde pontos porque fala e porque não fala. Não se vislumbram maiorias absolutas e estáveis e desconfio que tudo vai acabar de olhos postos em Belém, que em nome da estabilidade governativa dissolveu uma maioria e agora pode abrir as portas à instabilidade governativa e à reprodução de um sem-fim de minorias. É bom que Sampaio comece a preparar uma boa explicação para o novo pântano que está à porta.
FMF
Criticam a governacao PS mas esquecem-se que foram eles mais o deputado do queijo quem mantiveram Guterres a governar. Ja que Louca gosta de defender as mulheres (segundo a sua visao como nao e mulher nao tem direito a falar mas enfim), uma pergunta: quantas e que existem para lugares elegiveis no Parlamento? Sara
Para chegar ao poder Louçã está disposto a coligar-se com o próprio diabo. A esquerdalha caviar tudo fará para que ele (caviar) seja ao preço da uva mijona. Sem dispensar a democracia directa. Ou seja, a ditadura ao estilo Chinês, seus mentores. XV
Como diria o impagável treinador do Boavista, esta questão do aborto é "uma faca de dois legumes". Se há cinquenta anos já existisse uma lei que permitisse as mulheres abortar, provavelmente hoje não teríamos que aturar o Sr. Louçã. Coisas... Alfredo
Quem viu o debate entre o Louçã e Portas ficou a saber quem é o verdadeiro perigo para a democracia portuguesa. O senhor Louçã é uma pessoa intolerante que não suporta que o contrariem, tentanto impor ideias minoritárias a toda a população. Sara
Essa foi a maior demagogia que já li nesta campanha. Então o Louçã não dizia que não fazia alianças com o PS? Estenda-lhe o PS a mão e vamos ver se faz ou não. Esta esquerda caviar dá tudo para ir para o poleiro. Para governar Portugal, só PS ou PSD. Esquerda radical? Deus nos acuda, para Salazar já nos bastou um!
Toda a gente sabe que a unica preocupação que este sujeito tem é pelos estrangeiros (de cor preferencialmente), pelos drogados coitadinhos, e pelos gays... ah e por chegar ao poder tambem, custe o que custar. Alguem o quão baixo este sujeito pode chegar no debate com Paulo Portas?? Democracia de esquerda, não obrigado. TassBem
Como alguém aqui disse: "esquerda caviar". Filhinhos de papás ricos armados em radicais de esquerda. De resto uns politicos de cátedra, incompetenetes que nunca fizeram nada de útil na vida, politiqueiros profissionais amantes de toxicodependentes, gays e outros que tais. Bons para oposição, péssimos para governo. BE NÃO!!!!! JP
Há duas questões em que admiro o Sr.Louçã - a sua aptidão para a dialética e a sua preferência pelo Benfica. De resto, vive da demagogia, da crítica fácil, do palavreado sedutor mas inconsequente.Se um dia fosse chamado a governar toda a sua arrogância se desmoronaria como um simples baralho de cartas porque todo o edifício de críticas e promessas não passam de artificialidades. FDS
O Louçã defende o aborto, e o casamento entre os homossexuais.Por isso, com o PS, a via possível, é a «união de facto».É «isto», a nossa classe política. AC
COM PAPAGAIOS COMO ESTE E "SEMPRE EM PÉ" COMO O FREITAS A POLÍTICA PORTUGUESA NÃO VAI A LADO ALGUM. É O DESCRÉDITO TOTAL...
Caro MFM:
Não era Machado, mas Morgado. João Morgado.
O poema da querida Natália, na íntegra:
"Já que o coito - diz Morgado -
tem como fim cristalino,
preciso e imaculado
fazer menina ou menino;
e cada vez que o varão
sexual petisco manduca,
temos na procriação
prova de que houve truca-truca.
Sendo paí de um só rebento,
lógica é a conclusão
de que o viril instrumento
só usou - parca ração! -
uma vez. E se a função
faz o órgão - diz o ditado -,
consumada essa excepção,
ficou capado o Morgado".
Agora o Bloco de Esquerda lançou um cartaz em que insinua que a CDU não é de confiança. É preciso lata. Se um dia fazem um circo mediático na Assembleia da República, no outro estão disponíveis para viabilizar propostas e orçamentos negativos para o país.
Francisco Lopes
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